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domingo, 26 de fevereiro de 2012

SONETO PRA TE PRENDER



SONETO PRA TE PRENDER ( Elmar Herculano)

Vá, e leve contigo
todo meu eu;
mas deixe comigo
o sorriso teu.

Deixe tua calma,
deixe o teu olhar;
deixe a tua alma,
pra me suscitar.

E esse teu cabelo
eu faço um apelo:
deixe-o , por favor!

Saia sorrateira,
mas te deixe inteira;
deixe o teu amor.



Imagem: Internet

Agrotóxico, pimentão e suco de laranja, artigo de José Agenor A. da Silva


 A celeuma sobre a presença de resíduos de agrotóxicos no suco de laranja brasileiro, colocado em dúvida pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos, é emblemática para a discussão sobre a contaminação de alimentos por esses produtos. A presença irregular de resíduos de agrotóxicos em produtos agrícolas destinados à exportação implica em prejuízo para o agricultor brasileiro, com a devolução ou destruição do produto pelo país importador.
O agrotóxico, por definição, é um produto aplicado para matar e a linha que separa os efeitos benéficos de eliminar uma praga e os efeitos maléficos, que podem levar um ser humano à morte, é muito tênue. Por isso, esses produtos químicos têm alvos biológicos e mecanismos de ação bem definidos.
Só são autorizados se forem eficazes no combate a pragas específicas, sem destruir o alimento tratado, nem deixar resquícios em quantidades tóxicas para os consumidores. Isso porque os agrotóxicos estão associados ao desenvolvimento de alterações hormonais, de doenças do sistema nervoso central, de doenças respiratórias, de lesões hepáticas, de câncer e tantas outras enfermidades graves identificadas nos ensaios realizados em animais de laboratório e em culturas de células e tecidos. Tais ensaios têm constituído um excelente mecanismo para impedir possíveis agravos, prevalecendo-se das similaridades entre processos biológicos bem selecionados.
Nos últimos quatro anos, segundo dados das próprias indústrias do setor, o Brasil assumiu o posto de maior mercado de agrotóxicos do mundo. Mesmo assim, o caminho a ser percorrido para alcançarmos os níveis de controle que os países desenvolvidos exercem sobre essas substâncias ainda é muito longo.
Nesse cenário, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina o limite máximo de resíduos de agrotóxicos em alimentos e a quantidade total de cada agrotóxico que pode ser ingerido diariamente pelas pessoas, sem que haja risco para sua saúde. São esses os parâmetros avaliados pelo tão criticado Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos da agência.
O programa funciona a partir da coleta de amostras de alimentos pelas vigilâncias sanitárias dos Estados e municípios em supermercados. Depois de coletados, os alimentos são encaminhados para laboratórios, onde se verifica a quantidade de resíduos de agrotóxicos em cada uma das amostras.
Entretanto, um movimento silencioso, com a sutileza de fazer inveja ao estouro de uma manada de elefantes, tenta, cotidianamente, desqualificar os resultados do programa. A dúvida sobre a avaliação de resíduos de agrotóxicos em alimentos, que é publicada anualmente pela Anvisa, traz uma notável distorção e desinformação dos fatos, com flagrante desrespeito ao mesmo tempo à lei e à ciência.
As atividades da Anvisa, nesse campo, têm o compromisso da transparência de seus atos em respeito à sociedade e no cumprimento de seu mandato de proteger a saúde humana com base na legislação nacional e nos conhecimentos científicos e tecnológicos mais atualizados da comunidade científica internacional.
As referências para a conformidade dos parâmetros medidos são divulgadas em rótulos e bulas e na página na internet dos organismos registradores de agrotóxicos: Ministério da Agricultura, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Anvisa. São os mesmos procedimentos praticados pelos países desenvolvidos, muitos dos quais abrigam as matrizes das indústrias de agrotóxicos, que estão instaladas no Brasil.
A segurança da qualidade dos alimentos se baseia nos conhecimentos científicos e na observação dos efeitos tóxicos, agudos e crônicos que os resíduos de agrotóxicos podem gerar nas pessoas. Se o responsável pela emissão da receita agronômica ou o próprio agricultor utilizar um agrotóxico em um alimento para o qual aquele produto não foi autorizado, o ato se qualifica como ilegal e a ingestão diária segura pode ser ultrapassada. Isso resultará em prováveis danos à saúde do próprio agricultor e do consumidor.
Os efeitos agudos dos agrotóxicos aparecem nos trabalhadores rurais que os manipulam (preparadores de calda e aplicadores) e em pessoas que vivem ou trabalham nas imediações das áreas tratadas. A literatura científica constata que as doenças crônicas ocorrem em pessoas que se expõem a pequenas doses durante um tempo prolongado, como no caso de consumidores que ingerem alimentos com pequena quantidade de agrotóxico por um longo período de tempo.
Como agência reguladora da saúde, a Anvisa tem a obrigação de divulgar as informações sobre os riscos relativos à exposição a agrotóxicos. Essa informação é uma poderosa ferramenta de cobrança para que os atores envolvidos adotem medidas de correção dos problemas diagnosticados.
A Anvisa não compactua com atores que, irresponsavelmente, estimulam a omissão dos dados com o intuito de desacreditar toda a cadeia envolvida na avaliação dos resíduos de agrotóxico. Não dá para a volta da velha política de “o bom a gente mostra e o ruim a gente esconde”. Esse tipo de omissão só favorece aqueles cuja atuação, neste campo, se caracteriza pela política do avestruz e pelo não cumprimento da legalidade, que é o princípio fundamental em um estado democrático e de direito.
O respeito aos consumidores, em qualquer parte do mundo, é dever dos estados nacionais. Por isso, a Anvisa busca sempre aprimorar os instrumentos de avaliação dos agrotóxicos e de seus resíduos nos alimentos, para que não haja diferença entre os produtos levados à mesa do consumidor brasileiro e aqueles destinados à exportação. Os direitos do consumidor são atributos de cidadania e respeitá-los não é nenhum ato de favor ou concessão das autoridades públicas. É, isto sim, reconhecimento de uma conquista histórica da sociedade brasileira.
José Agenor Álvares da Silva é diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2007 e foi ministro da Saúde entre 2006 e 2007
Artigo originalmente publicado no Valor Econômico e socializado pelo ClippingMP
EcoDebate, 24/02/2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Iluminado








Vi o meu sentido confundido, iluminado


Vi o sol enluarar, quando viu você...   
         (Vander Lee )

Reprogramação campeã

Usando células-tronco reprogramadas de paciente com síndrome de Down, pesquisadores conseguem estudar o desenvolvimento precoce do Alzheimer. Na ‘Bioconexões’ de fevereiro, Stevens Rehen descreve o feito, que consagra a aplicação da técnica na biomedicina.

Reprogramação campeã
Pesquisadores acompanharam em tempo real a formação de placas amiloides (em verde) em neurônios gerados a partir de células reprogramadas de paciente de Down, fenômeno que também ocorre no cérebro de quem tem Alzheimer. (imagem: Science/ AAAS)
Assim como os blocos carnavalescos proliferaram pelas ruas do Rio de Janeiro em fevereiro, ótimos artigos sobre o Alzheimer foram publicados nas melhores revistas científicas do mundo ao longo deste mês, mostrando avanços no entendimento dessa doença que acomete mais de 1 milhão de brasileiros.
Aproveito esta coluna para descrever um deles, que se baseia na técnica de reprogramação celular. Dessa vez o mérito é de cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e do Instituto de Células-Tronco de Harvard, nos Estados Unidos. 
Como sabemos, há uma concordância impressionante entre a doença de Alzheimer e a síndrome de Down – a última caracterizada pela presença de três cromossomos 21, em vez de dois. Essa concordância é tamanha que a incidência de Alzheimer entre os portadores da síndrome de Down com idade superior a 50 anos é de 100%.
Fonte:Stevens Rehen- Ciência Hoje On Line

Soneto ao São Francisco



Soneto ao São Francisco (Elmar Herculano)

Oh!Meu São Francisco lindo!
Tenho saudades de ti
Quando passavas sorrindo,
Pelas terras onde nasci.

Quando acordavas manhoso,
Sob o olhar da areia fria,
Com seu vozeirão fanhoso,
Que anunciava o dia.

Lembro teus braços,
Aos abraços,
Formando bonitas ilhas.

Canoas em travessia,
Que de noite e de dia,
Sobre ti faziam trilhas

Imagem:Rio São Francisco/ Victor Benevides de Farias

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Fibromialgia: abordagem holística, artigo de Frederico Lobo


[Liga da Saúde] Semanalmente atendo pacientes com diagnóstico de Fibromialgia. Alguns o diagnóstico foi dado por reumatologista, outros alegam que apenas que um clínico postulou o diagnóstico. Alguns concordam com o diagnóstico, outros já dizem: “Doutor, parece que o que a medicina não sabe o que é, chamam de fibromialgia, na época da minha mãe não existia essa doença…”.
Como filho de um reumatologista, cresci ouvindo essa palavra: Fibromialgia. Sempre pensei que fosse um “bicho de 7 cabeças” já que via meu pai relatando os fracassos em decorrência das poucas opções terapêuticas na reumatologia.
Mas afinal, o que é a Fibromialgia? Seria uma nova doença ou algo antigo mas que antes não era diagnosticado? Seria uma doença ambiental ? Existe tratamento ? Todos os pacientes com fibromialgia são iguais? Todos experimentam a fibromialgia da mesma maneira ? O tratamento é padronizado?
Conceito
A fibromialgia, chamada também de “doença em que tudo irrita”, fibrosite, fibromiosite, síndrome da dor miofascial carateriza-se principalmente por dores do tipo migratória (que “andam”) que não comprometem as articulações e sim as fibras musculares. Podendo estar associada ou não a outros sintomas.
Epidemiologia
É uma patologia músculo-esquelética de tecidos moles, que predomina no sexo feminino (assim como as outras denominadas Mitocrondriopatias), na razão de 5 mulheres para cada homem. A característica básica das mitocrondriopatias é determinada pelo predomínio de DNA mitocondrial, de propriedade exclusivamente feminina, uma vez que o DNA mitocondrial é embutido no colo do espermatozóide e este é desprezado no momento da fecundação.
Acredita-se que 1 a 12% da população seja atingida, havendo uma íntima relação com a síndrome de fadiga crônica. Não há inclinação aparentemente étnica.
Apesar de mulheres de meia idade (30 aos 50) serem mais afetadas, a fibromialgia pode ser vista segundo os especialistas em homens, crianças e idosos.
Encontra-se uma história familiar em 30% dos casos, o que sugere um componente genético.
Não é uma doença nova, mas o interesse sobre a doença tem aumentado e sua incidência também (agrotóxicos, poluição eletromagnética, estresse excessivo, intoxicação por contaminantes ambientais, piora do padrão alimentar).
Só foi aceita como patologia pela Organização mundial de saúde (OMS) em 1992 e na atualidade consiste em um dos diagnósticos mais comuns feito pelos reumatologistas.
Características clínicas
O início dos sintomas pode ser abrupto ou gradual, começando na infância em 28% dos pacientes. Vários fatores podem anteceder o início dos sintomas e geralmente muitas pacientes correlacionam com fatores emocionais (alterações profundas na vida, do tipo: pós separação ou morte de um filho, situação que geram um grande estresse emocional). Entre outros fatores temos:
  • Traumatismo ou ferimento
  • Lesão por esforço repetitivo
  • Estresse físico
  • Exposição a substâncias tóxicas
  • Doenças infecciosas
  • Cirurgias
  • Desenvolvimento de uma outra desordem tal como Lúpus ou Artrite reumatóide

O que tenho percebido na anamnese é que cada paciente abre o quadro com uma sintomatologia. Na maioria das vezes começa com um ponto de dor focal que vai se generalizando, junto a um evento desencadeador, que leva ao desenvolvimento da Fibromialgia, sendo que esse evento pode ser considerado como causador ou catalizador (acelerador) da doença.
A dor varia de intensidade de acordo com o paciente e geralmente é descrita como uma ardência, queimação, picada, latejamento, pontada muscular profunda, pior de manhã, podendo ou não ser associada uma rigidez (o que faz muitos médicos confundirem com artrite reumatóide). Mas essa rigidez não tem comprometimento inflamatório das articulações.
Os pontos principais de dor estão descritos na imagem a seguir. Como o diagnóstico é clínico, a paciente deve apresentar dor difusa ou localizada em 11 dos 18 pontos.
Fibromialgia: abordagem holística, artigo de Frederico Lobo
Associado às dores a paciente pode apresentar:
  1. Alterações emocionais: ansiedade, humor deprimido, labilidade emocional, Irritabilidade, Preocupação constante, Perfeccionismo e exigência excessiva, Incapacidade de dizer não, Sensação de se sentir leal, fiel, Culpa excessiva, Baixa auto-estima, Tendência a isolamento e desinteresse pelo sexo,
  2. Alterações cognitivas: Dificuldade de concentração, entorpecimento mental, falhas na memória,
  3. Alterações do sono: insônia, sono não-reparador e/ou outra alteração do sono,
  4. Fadiga crônica
  5. Sinais e sintomas físicos: Rigidez nas articulações ao acordar mas sem alteração (sinais inflamatórios como dor, vermelhidão, calor ou inchaço das mesmas); Espasmos musculares; Palpitações; Dormências em regiões de face, língua e outras partes,
  6. Alterações no trato digestivo: diarréia, constipação, Síndrome do intestino irritável
  7. Tensão pré-menstrual
  8. Frio ou calor cedo
  9. Tonteira
  10. Dor de cabeça (cafeléia)
Como relatei acima, cada paciente é única e portanto a abordagem deve ser individualizada. É interessante que existem aquelas pacientes com o quadro clássico de fibromialgia, mas algumas negam sintomas ligados ao sono, outras negam as alterações emocionais e muitas vezes correlacionam uma possível ansiedade ou depressão como conseqüência do quadro de dor. Um fato interessante é a associação Hipotireoidismo com Fibromialgia.
Por que dói ?
Não existe fibromialgia sem dor, como o próprio nome diz. A doença atinge principalmente os músculos, porém não existem características inflamatórias e nem processos degenerativos nas biópsias de tecido muscular afetado.
Médicos termografias, além que na Termografia (uma nova modalidade de exame) pode ser visualizada uma alteração na temperatura local (hipertermia generalizada em todo o tronco), principalmente nos pontos afetados.
Fibromialgia: abordagem holística, artigo de Frederico Lobo - Termografia
O fator mais importante, definido até o momento (e o tratamento comprova isso) está vinculado à diminuição na produção de energia (ATP – trifosfato de adenosina) da musculatura afetada, em decorrência de mudanças químicas, morfológicas e neurofisiológicas.
A hipóxia (baixa oferta de oxigênio ao tecido) é uma das explicações mais plausíveis para a dor. Decorre de uma diminuição da produção de ATP e sem dúvida alguma, os fatores que comprometem a atividade mitocondrial são de extrema importância, já que essa organela celular está intimamente relacionada à produção de ATP.
Alguns autores postulam que a elevação de alguns hormônios ou decréscimo de algumas substâncias aumentam a sensibilidade a dor, como por exemplo:
  • Aumento de um hormônio chamado Somatomedina C, no líquido cefalorraquidiano: interrompe o sono e aumenta a sensibilidade à dor.
  • Aumento do Fator de Crescimento neural, que age sinalizando a produção de uma substância denominada Substância P, além de outras proteínas, promovendo a dor.
  • Hiperativação de receptores cerebrais chamados de N-metil-D-aspartato, que supostamente são amplificadores da dor.
  • Queda do hormônio do Crescimento (GH), este é liberado principalmente durante o estágio 4 do sono, como a paciente tende a ter alterações no sono, tal hormônio não é liberado de forma eficaz e com isso aumenta-se a sensibilidade à dor.
  • Deficiência de triptofano, um aminoácido que dará origem a um neurotransmissor (Serotonina) quem tem relação com humor, sono profundo (pois formará melatonina), bem-estar e percepção da dor.
  • Aumento de um neurotransmissor ligado ao humor e à dor (norepinefrina).
  • Outras alterações endócrinas encontradas: Hipotireoidismo; Níveis anormais de estrógenos e progesterona, Baixos níveis de cortisol, DHEA, Oxitocina.
Mas o que poderia estar alterando a mitocôndria ?
Inúmeras são as causas que levam às mitocondriopatias, dentre elas:
  1. Intoxicação por Alumínio, sendo a principal fonte: utensílios de cozinha (panelas, talheres) e desodorantes com Cloridrato de Alumínio. Sabe-se que o Alumínio diminui as concentrações de Magnésio, um mineral importante na produção de ATP. O Alumínio age inibindo uma via metabólica chamada Glicólise que é essencial para a formação da matéria prima para o ATP, além de inibir a Fosforilação oxidativa (o que acarreta a diminuição do ATP na mitocôndria). Portanto é mandatório que toda paciente com diagnóstico de fibromialgia seja investigada através de mineralograma, a fim de se encontrar possível elevação dos níveis de alumínio.
  2. Deficiência de Manganês, que é um oligoelemento que forma uma enzima mitocondrial com importante ação antioxidante: SOD – superóxido dismutase mitocondrial. Mais uma vez, torna-se mandatória a solicitação de um mineralograma, visto que os níveis sanguíneos de Manganês não refletem a realidade nos tecidos.
  3. Deficiência de Magnésio, um mineral essencial para a produção de Energia.
  4. Deficiência de Tiamina (Vitamina B1) e Riboflavina (Vitamina B2), pois tais vitaminas interferem na cadeia respiratória de produção de energia, o que pode gerar sintomas vagos que apresentam os quadros clássicos de fibromialgia.
  5. Deficiência de Coenzima Q10, NADH, L-carnitina, Ácido alfa-lipóico e Vitamina K já que todas essas substâncias são essenciais para a cadeia respiratória mitocondrial.
Tratamento
Alguns autores afirmam que as mitocondriopatias são incuráveis (até o momento) e a ortomolecular concorda com tal afirmação. Geralmente temos bons resultados por agirmos na causa, portanto basicamente:
  • Controle da dor com Metilsulfonilmetano e modulação de neurotransmissores ligados à dor: Fenilalanina, Norepinefrina, Serotonina,
  • “Ressucitamos” as mitocôndrias desses pacientes com uso de coenzimas mitocondriais: Ubiquinol, L-Carnitina (principalmente Intramuscular), Ácido alfa-lipóico, Niacina, Riboflavina, Vitamina D
  • Melhoramos o humor com a modulação dos neurotransmissores, em especial serotonina e norepinefrina,
  • Restauramos o sono através do uso de substâncias que facilitarão a formação de melatonina, além da própria melatonina,
  • Treinamento físico: condicionamento muscular com massagens e prática de exercícios aeróbicos,
  • Acupuntura sistêmica e/ou auriculoterapia,
  • Suporte nutricional: Alimentação 100% orgânica se possível, já que agrotóxicos são altamente deletérios pra função mitocondrial, Retirada de alérgenos alimentares, Dieta antiinflamatória e pró-serotonina, Suplementação de Ácido málico, Magnésio, Triptofano, Ácido fólico.
  • Repouso,
  • Técnicas de relaxamento: meditação transcendental
  • Mudança em alguns hábitos de vida: boa ingestão de água, boa ingestão de fibras, controle do estresse, correção de posturas e mecânica corporais.
  •  Fonte: Ecodebate http://www.ecodebate.com.br/2011/09/05/fibromialgia-abordagem-holistica-artigo-de-frederico-lobo/
  • Artigo originalmente publicad pelo Autor no blogue Liga da Saúde (A Liga é formada por seis profissionais da área da saúde entre eles Médicos e Nutricionistas)

Anatel e Ministério das Comunicações são notificados sobre divulgação de radiação de antenas de celulares


Com o avanço da telefonia no país, difícil é encontrar uma cidade que não tenha antenas de telefone celular localizada em bairros altos ou prédios centrais. A fim de auxiliar na fiscalização e conhecimento do assunto, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou ao órgão responsável, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e ao Ministério das Comunicações (MC) uma melhor divulgação em relação a radiação que as antenas e celulares emitem – chamada radiação não-ionizante (RNI). Os dados da auditoria e as recomendações foram divulgados pelo Tribunal no início deste ano e foram pedidos pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.
Segundo o relator do texto, Raimundo Carreiro, órgãos oficiais deveriam melhorar a informação sobre radiação não ionizante tanto junto à sociedade quanto para quem presta serviço relacionado com telecomunicações e radiodifusão. Para o relator, é preciso buscar a “comunicação amigável”, como distribuir cartilhas, palestras, informação nos sites dos órgãos na Internet.
O físico da Universidade Federal de São Carlos/campus Sorocaba, Térsio Guilherme de Souza Cruz, concorda com a necessidade de informar. “O próprio nome radiação não soa muito bem junto à população, principalmente devido aos efeitos da radiação não ionizante. Mas creio que a ideia comum é a desconfiança, daí que ninguém quer uma antena perto de casa. Mas creio se tratar de um comportamento esperado já que, na verdade, não existe consenso nem na comunidade científica sobre o risco de câncer”, diz.
As radiações são ondas eletromagnéticas que diferem entre si pela energia que carregam. São dividas em duas categorias: ionizantes e não ionizantes. Na primeira, de alta frequência, a energia pode modificar ou danificar as células humanas. O exemplo mais conhecido são as nucleares.
Já a radiação não ionizante é emitida pelos aparelhos eletroeletrônicos, como TVs, liquidificadores e celulares. A RNI contém energia fraca e não causaria danos. Mesmo assim, os malefícios desse segundo tipo de radiação ainda não tem consenso entre cientistas. Por isso, o professor apoia a iniciativa do TCU. “A população precisa receber mais informações. Do ponto de vista da divulgação científica, o assunto resgata um aspecto muito interessante com respeito ao próprio método científico: a população, bem informada, deve saber que a ciência tem dúvidas sobre o assunto”, comenta.
No meio acadêmico, radiação não ionizante causa polêmica, já que é difícil realizar estudos sobre o assunto, como isolar as causas e analisar as consequências da exposição humana aos campos eletromagnéticos. “Contudo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) já anunciou que a radiação emitida por celulares pode causar câncer”, ressalva Cruz.
Após a notificação, a Anatel incluiu em seu site perguntas e respostas mais frequentes em relação à radiação não ionizante, como efeitos, riscos de câncer e sobre morar próximo das antenas. Também está funcionando no site da agência um sistema de monitoramento de campos eletromagnéticos em tempo real, estabelecido pela Lei 11.934 de 2009.
Já o Ministério das Comunicações informou ao TCU que a divulgação compete à Anatel. O site do MC prossegue sem nenhum tipo de informação.
A pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos Ambientais da Unicamp, Gabriela Di Giulio, desenvolve trabalhos relacionados com comunicação de risco. Ela concorda com as recomendações sobre cartilhas, palestras e informação nos sites. No entanto, afirma não ser o bastante. “As estratégias de comunicação deveriam passar por ações de diálogo e de envolvimento da sociedade nesse debate. O diálogo com a sociedade, quando iniciado na fase ‘pré-avaliação’ de risco, permitiria por exemplo que a sociedade manifestasse suas preocupações quanto à instalação de antenas celulares, quanto aos estudos que estão em andamento ou que deveriam ser feitos, compartilhasse as decisões que vêm sendo tomadas e colocasse, inclusive, suas demandas com relação às estratégias de comunicação – estratégias diretas e indiretas, através da mídia”.
Para Gabriela Di Giulio, o problema da divulgação científica em locais com riscos acontece, em geral, tardiamente e deixa a população interessada à margem do processo. “Quando as estratégias de comunicação são pensadas e adotadas é, na maioria dos casos, para informar sobre uma condição, uma ação ou uma decisão que já foi tomada”, explicou.
Reportagem de Romulo Orlandini, da ComCiência – Revista Eletrônica de Divulgação Científica (LABJOR/SBPC) publicada pelo EcoDebate, 25/01/2012

Catalogando a biodiversidade

Boa dica a professores e alunos interessados em biologia e meio ambiente é navegar pelas páginas virtuais do EOL e ARKive. Educativas e divertidas, elas reúnem um dos maiores acervos ‘on-line’ sobre a vida em nosso planeta.

Catalogando a biodiversidade
Besouro ‘Gibbifer californicus’, comum na América do Norte, alimenta-se de seu prato favorito: o cogumelo ‘Pleurotus ostreatus’. (foto: Katja Schulz/ EOL)
Quantas formas de vida habitam a Terra? “Esta é uma das perguntas fundamentais da ciência contemporânea. Mas a resposta ainda é um enigma”, diz o biólogo colombiano Camilo Mora, da Universidade de Dalhousie, Canadá, em recente artigo publicado na revista PLoS Biology.
As últimas estimativas indicam que nosso planeta abriga mais de 8 milhões de espécies – sendo que só cerca de 2 milhões já foram catalogadas pela ciência. Seria possível sistematizar todo esse acervo em um mecanismo de buscas unificado, um tipo de Google taxonômico?
Cactácea 'Opuntia engelmannii'
Cactácea 'Opuntia engelmannii'. (foto: Katja Schulz/ EOL)
Ainda não. Mas a Encyclopedia of Life (EOL) já deu os primeiros passos nessa direção. Com o objetivo de reunir informações sobre o maior número possível de espécies em um único endereço, a plataforma on-line serve de ponte entre o usuário e dezenas de bancos de dados selecionados a dedo por especialistas da área.
Após um breve cadastro, o usuário está prestes a se embrenhar na selva virtual dos reinos da natureza – com direito a mais de 900 mil páginas repletas de informações variadas sobre a vida que nos rodeia.





Fonte :Henrique Kugler/ Ciência Hoje

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Desastres naturais e desigualdade, artigo de Paulo de Tarso Lara Pires


“Ao criar campanhas para atender os atingidos por desastres naturais, os gestores públicos deveriam partir da premissa de “tratar desigualmente os desiguais na medida da sua desigualdade”. A proposta é do engenheiro florestal e advogado Paulo de Tarso Lara Pires, em artigo publicado no jornal Gazeta do Povo, 16-02-2012.
Paulo de Tarso Lara Pires é mestre em Economia e Política Florestal pela UFPR e doutor em Ciências Florestais (UFPR). Atualmente está desenvolvendo Pós-Doutorado em Direito Ambiental e Desastres Naturais na Universidade de Berkeley – Califórnia.
Eis o artigo.
Tenho dedicado parte do tempo de trabalho para analisar os impactos dos desastres naturaissobre as diferentes classes sociais. Aparentemente, na ocorrência de um evento natural de grandes proporções como um terremoto, uma avalanche ou um tsunami, todos, independentemente de classe social, idade ou raça, sofrem a mesma força da natureza. Porém, a forma como esses impactos são sentidos e a capacidade de reação das populações é que salta aos olhos. Os mais pobres e os mais velhos são frequentemente os mais atingidos e os últimos a serem atendidos em grande parte das crises.
Recente estudo publicado pela Universidade de Berkeley destaca que, após o evento doFuracão Katrina em 2005, quando mais de 1 milhão de pessoas foram evacuadas de New Orleans, mais de 60% dos desabrigados e alojados nos ginásios e outros espaços públicos em condições precárias eram afrodescendentes de baixa renda. Estudos posteriores confirmam que as pessoas das classes mais abastadas nesse mesmo momento já estavam fora do perímetro do local atingido, abrigadas em casas que possuem fora da área de risco ou em hotéis.
Padrão semelhante foi identificado no Tsunami do Japão em 26 de dezembro de 2004, que vitimou mais de 150 mil pessoas e desabrigou outras tantas. O impacto não se deu de forma igual sobre toda a população. Os mais pobres foram significativamente mais afetados. Frequentemente isso ocorre por os grupos vulneráveis estarem vivendo em áreas de risco e ficarem mais fragilizados e desassistidos após os desastres.
No Brasil a situação se repete. As enchentes e deslizamentos de terra que atingiram o Rio de Janeiro afetaram principalmente as cidades localizadas na Região Serrana do estado. Os serviços governamentais contabilizaram 916 mortes e em torno de 345 desaparecidos. Pessoas dos mais diversos níveis sociais foram vitimadas, entre elas políticos e empresários.
Porém, passado um ano da tragédia, a população que continua sofrendo os impactos do evento é a de baixa renda. Iniciando pelas enfermidades que se espalharam pelo local após a tragédia, estradas que permanecem intransitáveis em alguns pontos e culminando com a falta de novas moradias para os desabrigados. O governo estadual calculou que seria necessário um investimento de R$ 3,4 bilhões para a recuperação da área em dois anos. Porém, pouco mais de 50% do que foi prometido foi efetivamente aplicado ou destinado às camadas mais frágeis da sociedade.
Quadro semelhante pode ser visto em março de 2011 quando os deslizamentos causados pelas chuvas desalojaram ou afetaram cerca de 28 mil pessoas nos municípios de Morretes, Antonina e Paranaguá [no litoral do Paraná]. Ainda hoje muitas famílias vivem em condições precárias ou moram em casas de parentes e amigos. Algumas estradas foram recuperadas, mas outras vias de acesso, passados quase 12 meses ainda estão intransitáveis.
Analisadas as questões acima, algumas recomendações merecem ser feitas. Inicialmente a simples aplicação de leis vigentes no Brasil, como o Código Florestal Nacional, que proíbe a construção em áreas com declividade superior a 45 graus e áreas de entorno de rios e cursos d’água, já diminuiria substancialmente os impactos de eventos catastróficos sobre a população.
Paralelamente a criação de programas governamentais de prevenção e educação, que priorizem a realocação e a conscientização de pessoas que residem atualmente em áreas de risco, é fundamental para salvar vidas.
Ao criar campanhas para atender os atingidos por desastres naturais, os gestores públicos deveriam partir da premissa de “tratar desigualmente os desiguais na medida da sua desigualdade”. Todos merecem e devem ser apoiados; mas em eventos naturais, contrariando algumas tendências de nossa sociedade contemporânea, devemos sim dar prioridade aos cidadãos mais vulneráveis.
(Ecodebate, 20/02/2012) publicado pela IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

Brasil está equivocado quanto à essência da Rio+20, diz sociólogo


Entre 20 e 22 de junho ocorre na cidade do Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, mais conhecida como Rio+20. A quatro meses do evento, as expectativas em relação aos avanços na questão do desenvolvimento sustentável se misturam. De acordo com o sociólogo e cientista político Sérgio Abranches, há um sentimento misto de otimismo e desesperança, pois apesar do Brasil ter forte influência nas decisões por estar hospedando o encontro, a postura do governo brasileiro coloca a Rio+20 como uma conferência sobre desenvolvimento - em todas as suas dimensões -, mas não como um encontro ambiental.
Segundo Abranches, o raciocínio do governo está "equivocado". A essência da conferência é ambiental, e foi porque o Brasil estava consciente deste foco que, em 1992, a Eco-92 resultou em documentos importantes, como as convenções da Biodiversidade, Desertificação e das Mudanças climáticas, a Declaração sobre Ambiente e Desenvolvimento e a Agenda 21 (base para que cada país elabore seu plano de preservação do meio ambiente).
Fonte : Eloisa Loose /Terra

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012


                  Seu cheiro secretamente especial impregnou  minha alma

Graxa...bicicleta...tintas...sonhos
Teatro...música...lua...sonhos
Amigos...folias...sonhos
Beijos....amores...sonhos
Sonhos...sonhos
Sonhos...



Imagem:internet

Digital no caderno 
Sonhos e planos
Tempo de lua e canoeiro
Menino guerreiro
Madrugadas nem sempre frias
O fim da avenida era sempre o começo
...





Imagem:Internet