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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Cabrito ecológico da Caatinga

A Região Nordeste concentra o maior rebanho de caprinos do Brasil. Apesar de ser bem valorizado no mercado, a falta de técnicas de criação sustentáveis compromete o rebanho pela baixa produtividade e pelos altos índices de mortalidade na época da seca.

Em Pernambuco, alguns produtores de Santa Maria da Boa Vista, com o apoio da Embrapa Semi-Árido, decidiram reverter esse quadro e implantaram o manejo ecológico do rebanho. Alimentados com forragem natural, sem aditivos químicos, os animais ganham resistência contra doenças e atingem o peso ideal para abate em menos de um ano, reduzindo o custo da produção. Os produtores aprendem a tratar e prevenir doenças com remédios naturais, e ainda, a preservar o meio ambiente.


O sistema de criação ecológica permite maior qualidade nutricional da carne caprina, mais espaço de comercialização e estabilidade na produção e na renda das famílias. A implementação dessa Tecnologia Social inclui as fases de cria e terminação. O manejo geral do rebanho obedece às normas de produção orgânica, o que agrega valor ao produto e atende às tendências do mercado consumidor.
Fonte:RTS

Umbuzeiro

Aspectos gerais:
O umbuzeiro ou imbuzeiro (Brazilian plum para povos de língua inglesa) - Spondias tuberosa, L., Dicotyledoneae, Anacardiaceae - é originário dos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro; nas regiões do Agreste (Piauí), Cariris (Paraíba), Caatinga (Pernambuco e Bahia) a planta encontrou boas condições para seu desenvolvimento encontrando-se, em maior número, nos Cariris Velhos. E encontrado vegetando desde o Piauí à Bahia e até norte de Minas Gerais.

No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu, ombu, corrutelas da palavra tupi-guarani "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber". Pela importância de suas raízes foi chamada "árvore sagrada do Sertão" por Euclídes da Cunha.
Descrição da planta:
Árvore de pequeno porte em torno de 6 m. de altura, de tronco curto, esparramada, copa em forma de guarda-chuva com diâmetro de 10 m. a 15 m. projetando sombra densa sobre o solo, vida longa (100 anos), é planta xerófila.

Suas raízes superficiais (exploram 1 m. de profundidade) possuem um órgão (estrutura) -túbera ou batata - conhecida como xilopódio que é constituído de tecido lacunoso que armazena água, mucilagem, glicose, tanino, amido, ácidos, entre outras.

O caule, com casca cor cinza, tem ramos novos lisos e ramos velhos com ritidomas (casca externa morta que se destaca); as folhas são verdes, alternas, compostas, imparipenadas, as flores são brancas, perfumadas, melíficas, agrupadas em panícula de 10-15 cm de comprimento.

Fruto - umbu ou imbu é uma drupa, com diâmetro médio 3,0 cm, peso entre 10-20 gramas, forma arredondada a ovalada, é constituído por casca (22%), polpa (68%) e caroço (10%). Sua polpa é quase aquosa quando madura. Semente arredondada a ovalada, peso de 1 a 2,0 gramas e 1,2 a 2,4 cm de diâmetro, quando despolpada.

100 gramas de polpa do fruto contem, 44 calorias, 0,6 g. de proteína, 20 mg. de cálcio,14 mg de fósforo, 2 mg de ferro, 30 mmg. de vitamina A, 33 mg. de vitamina C, 0,04 mg. de vitamina B1 e 0,04 mg. de vitamina B1. O fruto é muito perecível.
Fisiologia do umbuzeiro:
- O umbuzeiro perde totalmente as folhas durante a época seca e reveste-se de folhas após as primeiras chuvas.

- A floração, pode iniciar-se após as primeiras chuvas independentemente da planta estar ou não enfolhada; a abertura das flores dá-se entre 0 hora e quatro horas (com pico as 2 horas). 60 dias após a abertura da flor o fruto estará maduro.

- A frutificação inicia-se em período chuvoso e permanece por 60 dias.

- A sobrevivência do umbuzeiro, através de tantos períodos secos, deve-se à existência dos xilopódios que armazenam reservas que nutrem a planta em períodos críticos de água.
Utilidades do umbuzeiro:
Vários órgãos da planta são úteis ao homem e aos animais à saber:
Raiz: batata ou túbera ou xilopódio é sumarenta, de sabor doce, agradável e comestível; sacia a fome do sertanejo na época seca. Também é conhecida pelos nomes de batata-do-umbu, cafofa e cunca; criminosamente é arrancada e transformada em doce - doce-de-cafofa.

A água da batata é utilizada em medicina caseira como vermífugo e antidiarreica. Ainda, da raiz seca, extrai-se farinha comestível.

Folhas: verdes e frescas, são consumidas por animais domésticos (bovinos, caprinos, ovinos) e por animais silvestres (veados, cagados, outros); ainda frescas ou refogadas compõem saladas utilizadas na alimentação do homem.

Fruto: o umbu ou imbu é sumarento, agridoce e quando maduro, sua polpa é quase liquida. E consumido ao natural fresco - chupado quando maduro ou comido quando "de vez" - ou ao natural sob forma de refrescos, sucos, sorvete, misturado a bebida (em batidas) ou misturado ao leite (em umbuzadas). Industrializado o fruto apresenta-se sob forma de sucos engarrafados, de doces, de geléias, de vinho, de vinagre, de acetona, de concentrado para sorvete, polpa para sucos, ameixa (fruto seco ao sol). O fruto fresco ainda é forragem para animais. A industrialização caseira do umbu sugere os seguintes produtos:

- Fruto maduro: polpa para suco integral, casca para obtenção de pasta, casca desidratadas ( ao sol ou forno) e moídas para preparo de refrescos, xarope.

- Fruto "de vez" (inchado) ou verde: umbuzadas, pasta concentrada, compota.

- Fruto verde (figa): umbuzeitona, doce de umbu.

- Casca do caule: remédio

- Folhas: salada da folha verde e salada refogada da folha.
Colheita / Rendimentos:
O pé franco do umbuzeiro inicia produção a partir do 8º ano de vida. A maturação do fruto é observada quando a cor da sua casca passa do verde ao amarelo. Maduro o fruto cai ao chão, sem danificar-se; deve-se preferir frutos arredondados e com casca lisa. Para consumo imediato o fruto é colhido maduro; para transportar colher o fruto "de vez".

Cada planta pode produzir 300 Kg de frutos/safra (15.000 frutos). Um hectare com 100 plantas, produziria 30 toneladas. O umbu é considerado produto vegetal de extração (não cultivado), coletado em árvores que crescem espontaneamente. Em 1988 a produção brasileira foi de 19.027t. (Bahia - 16.926t).

As regiões econômicas do Baixo Médio São Francisco, Nordeste e Sudoeste são importantes produtoras de umbu na Bahia.
Fonte:SEAGRI

Abelhas podem reconhecer rostos, dizem pesquisadores

do New York Times

O cérebro de uma abelha tem 1 milhão de neurônios, em comparação aos 100 bilhões do cérebro humano. Porém, como relatam pesquisadores, as abelhas são capazes de reconhecer rostos, e elas podem o fazer da mesma forma que nós.

Abelhas e humanos usam uma técnica chamada processamento configural, a junção de componentes de um rosto --olhos, orelhas, nariz e boca-- para formar um padrão reconhecível, como relata uma equipe de pesquisadores na edição de 15 de fevereiro do "The Journal of Experimental Biology".

"É como se fosse uma colagem", disse Martin Giurfa, professor de biologia neural da Universidade de Toulouse, na França, e um dos autores do estudo.

É a mesma habilidade, segundo Giurfa, que ajuda os humanos a perceber que uma pagoda chinesa e um chalé suíço são ambos moradias, com base em seus componentes.

"Conhecemos duas linhas verticais, com um teto como de cabana", disse ele. "É uma casa."

Em sua pesquisa, Giurfa e colegas criaram uma exibição de imagens desenhadas à mão, algumas eram rostos, outras não.

Os rostos tinham potes de água açucarada na frente, enquanto os desenhos que não representavam rostos foram colocados por trás de potes contendo água pura. Depois de algumas viagens frustradas aos potes de água sem açúcar, as abelhas passaram a voltar continuamente aos potes de água açucarada na frente dos rostos, descobriram os cientistas.

As imagens e os potes foram limpos após cada visita das abelhas, para garantir que elas estavam usando sinais visuais para encontrar o açúcar, e não deixando marcas de cheiro.

Os pesquisadores descobriram que as abelhas também eram capazes de distinguir um rosto que oferecia água açucarada de um que não fornecia.

Após muitas horas de treinamento, as abelhas escolheram os rostos certos em aproximadamente 75% das vezes, disse Adrian Dyer, outro autor do estudo e cientista da visão da Monash University, na Austrália.

Aeroportos

Os pesquisadores afirmaram que, embora eles fossem biólogos e não cientistas da computação, eles esperam que seu trabalho possa ser mais amplamente usado, incluindo por especialistas em reconhecimento facial. "Se alguém achar interessante e isso melhorar a segurança nos aeroportos, isso é ótimo", disse Dyer. "Os mecanismos potenciais podem se tornar disponíveis para a comunidade de reconhecimento facial em geral."

Girufa afirmou que o beneficio de estudar uma criatura tão simples quanto a abelha estava em saber que não é necessária uma rede neural complexa para distinguir objetos. Isso traz esperanças a tecnologistas, disse ele.

"Podemos imaginar que, através da exposição repetida, podemos treinar máquinas para extrair uma configuração e saber se 'isso é uma moto' ou não, se 'isso é um cachorro' ou não", disse ele.

Porém, embora a pesquisa com abelhas seja interessante, isso não ajuda no problema mais difícil enfrentado por tecnologistas, afirmou David Forsyth, professor de ciência da computação da Universidade de Illinois, cuja pesquisa foca em visão de computador.

O problema desafiador é construir sistemas capazes de reconhecer as mesmas pessoas num período de tempo, disse David Forsyth, depois que seu cabelo cresceu, ou quando elas estiverem usando óculos de sol, ou depois de envelhecerem. Todas essas são tarefas que os humanos podem facilmente desempenhar, mas que os computadores têm dificuldades em replicar.

"Duvido muito que as abelhas possam fazer essa distinção", disse Forsyth, acrescentando: "Se as abelhas conseguissem, eu cairia da cadeira".

No entanto, disse ele, é importante acrescentar ao corpo de pesquisa sobre reconhecimento facial estudos com animais.

Embora computadores tenham se tornado muito capazes em detectar rostos, o reconhecimento facial confiável realizado por máquinas continua sendo algo elusivo.

"Não sabemos quase nada sobre reconhecimento, mas é muito útil, apesar de difícil, e isso nos ajuda a tomar decisões sobre o mundo", disse Forsyth. "Pesquisas sobre qualquer aspecto da identificação e reconhecimento de rostos parecem ser algo bom."
Fonte: Folha Online

Ecólogo defende dendê no lugar do biodiesel de soja

RAFAEL GARCIA
da Folha de S. Paulo

O estudo de David Lapola, que indica que biocombustível empurra a pecuária para a mata, também toca no delicado debate sobre qual planta será a melhor para produzir biodiesel no Brasil.

Segundo o trabalho, quase toda a pressão indireta que a soja produziria sobre a mata seria eliminada caso o combustível oriundo dela fosse trocado pelo de dendê.

"Para atender a mesma demanda de biodiesel, o dendê requer uma área muito menor, porque produz mais", explica Lapola. "Com ele, o biodiesel ajudaria a promover a agricultura familiar e de pequena escala, sobretudo no Nordeste."

No governo, porém, essa ideia ainda encontra resistência.

"O problema principal é mais associado à logística e à escala do que à matéria prima. A única oleaginosa que tem escala agora no Brasil para poder baixar o preço do biodiesel é a soja", diz Suzana Kahn Ribeiro.

"O biodiesel de dendê, por exemplo, congela em temperaturas mais frias, e é preciso usar um aditivo descongelante."
Fonte: Folha Online

30% dos usuários acham internet bom local para romance, diz pesquisa

Uma pesquisa encomendada pelo Serviço Mundial da BBC e divulgada neste sábado indica que 30% dos usuários de internet consideram a rede mundial de computadores um bom lugar para encontrar namorados ou namoradas.

O estudo realizado pela GlobeScan com quase 11 mil internautas de 19 países (o Brasil não foi incluído) indica que a Índia e o Paquistão são os países em que a sedução virtual é mais popular.

Para 59% dos usuários indianos entrevistados e 60% dos paquistaneses, a internet é um bom local para encontrar namorados.

Gana (47%) e Filipinas (42%) também parecem ter internautas empolgados com romances online.

Por outro lado, americanos (21%), sul-coreanos (16%), britânicos (28%) e franceses (27%) não apresentaram grande aprovação da ideia.

A pesquisa também indica que, entre os internautas, homens aprovam o namoro virtual mais do que mulheres, já que 33% dos ouvidos na pesquisa veem a internet como um bom lugar para se encontrar parceiras, enquanto apenas 27% da mulheres entrevistadas concordam com isso.

A idade também parece fazer diferença, já que a faixa etária entre 18 e 24 anos apresenta maior entusiasmo (36%) pelos encontros virtuais.

Mesmo assim, até entre aqueles acima de 65 anos, quase um quarto (23%) considera a internet um bom local para conhecer interesses amorosos.

O nível de instrução também parece fazer diferença. Entre universitários, apenas 28% aprovam a ideia, enquanto, entre estudantes secundários, 36%.

A pesquisa foi encomendada pela BBC como parte de uma temporada de notícias dedicada à internet, Superpower, que deve começar no Reino Unido em 8 de março.

Fonte: BBC Brasil Notícias