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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Monitoramento reduz uso de agrotóxicos nos pomares de manga e uva

mangaUma das vantagens do Programa de Produção Integrada (PI) nos pomares de manga e de uva em relação ao sistema de cultivo convencional está no modo de fazer o controle de pragas e doenças. Ao invés de aplicar defensivos com base em um calendário previamente definido, a PI prevê o monitoramento periódico dos pomares, e o uso de insumos só é recomendado se são registrados níveis de infestações capazes de causar danos econômicos aos cultivos.

Desta forma, a quantidade de pulverizações sofre drástica redução. Nos estudos feitos por pesquisadores da Embrapa Semiárido em propriedades cujos pomares são manejados de acordo com a Produção Integrada às vezes em que foi necessário a aplicação de insumos químicos para controle de insetos caíram de 16 pulverizações por ciclo para apenas quatro.

O engenheiro agrônomo José Eudes de Morais Oliveira, pesquisador da Embrapa Semiárido, afirma que este resultado atende uma das principais demandas nos sistemas agrícolas que precisam ser competitivos do Brasil e do exterior. Mercados importantes têm sido regulados por legislação cada vez mais restritiva a princípios ativos de agrotóxicos bem como aos níveis de resíduos químicos nos produtos agrícolas.

O Vale do Submédio São Francisco responde por mais de 95% da manga e uva exportada pelo Brasil. Em termos de valores isto representa 500 milhões de reais. As áreas cultivadas com essas frutas ocupam 23.000 ha e 14.000 ha, respectivamente.

Com informações da Ascom/Embrapa
Retirado do site http://www.carlosbritto.com/

Cactos

Cactaceae é a família botânica representada pelos cactos, são aproximadamente 84 gêneros e 1.400 espécies nativas das Américas. São frequentemente usados como plantas ornamentais, mas alguns também na agricultura.

São plantas pouco usuais, adaptadas a ambientes extremamente quentes ou áridos, apresentando ampla variação anatômica e capacidade fisiológica de conservar água. Apresentam uma modificação caulinar chamada de Cladódio. Seus caules expandiram-se em estruturas suculentas verdes perenes contendo a clorofila necessária para vida e crescimento, enquanto suas folhas transformaram-se nos espinhos pelos quais os cactos são bem conhecidos. Algumas espécies confundem-se com a família Euphorbiaceae.

Os cactos existem em ampla variação de formatos e tamanhos. O mais alto é o Pachycereus pringlei, cuja altura máxima registrada foi 19,20 metros,[1] e o menor é Blossfeldia liliputiana, com apenas cerca de 1 cm de diâmetro [2]. As flores dos cactos são grandes, como os espinhos e ramos, brotam das areolas. Muitas espécies apresentam floração noturna já que são polinizadas por insetos ou pequenos animais noturnos, principalmente mariposas e morcegos. Os cactos variam de baixos e globulares a altos e colunares.

Etimologia

A Opuntia está entre os cactos mais comuns na América do Norte.

A palavra cactus vem do grego Κακτος kaktos, empregada antigamente para designar uma espécie de cardo espinhoso, e foi escolhida como nome genérico Cactus, por Linnaeus em 1753, hoje rejeitado em favor de Mammillaria.

Descrição

Detalhe de uma flor da Echinopsis spachiana mostrando o grande número de estames.
Detalhe da aparência do perianto de um cacto.

Os cactos são plantas espinhentas que crescem tanto como árvores, arbustos ou forrações. A maioria diretamente sobre o solo, mas há grande quantidade de espécies epífitas.

Praticamente todos cactos contém uma seiva amarga, algumas vezes leitosa, em seu interior.

Folhas

Em muitas espécies, excetuadas as pertencentes da subfamília Pereskioideae (ver imagem), as folhas são grandemente ou inteiramente reduzidas, modificadas em espinhos, reunidos em um ponto saliente ou deprimido, que constitui a aréola, de onde se originam ramos, folhas, flores, etc..

Flores

As flores, em regra radialmente simétricas e hermafroditas, solitárias ou em inflorescências multifloras, são grandes e abrem tanto durante o dia como à noite, dependendo da espécie. Seu formato varia de tubular, campanulada ou plana, medindo de 2 milímetros a 30 centímetros. A maioria apresenta sépalas numerosas, de cinco a cinquenta, com formas variáveis do exterior para o interior da flor, mudando de brácteas para pétalas. Androceu formado de numerosos estames, chegando até a mil e quinhentos, com anteras muito pequenas. Gineceu de ovário ínfero, unicolar, formado de vários carpelos com numerosos óvulos, em geral com placenta carnosa.

Fruto

Tipo baga ou cápsula carnosa com até três mil sementes de testa membranácea ou óssea que medem entre 0,4 e 12 milímetros de comprimento [3].

A expectativa de vida de um cacto raramente é superior a 300 anos, e há cactos que vivem somente 25 anos, os quais já florescem com dois anos. O Saguaro, Carnegiea gigantea, cresce até a altura de até 15 metros, sendo que o recorde é de 17,67m, mas em seus dez primeiros anos cresce somente 10 centímetros. O Echinocactus grusonii, das Ilhas Canárias, alcança a altura de 2.5 metros e diâmetro de 1 metro, e já é capaz de florescer com seis anos.

Adaptação à seca

Alguns ecosistemas, como os desertos, semi áridos, caatingas e cerrados, recebem pouca água na forma de precipitação pluviométrica. As plantas que habitam estas áreas secas são conhecidas como xerófitas, e muitas delas são suculentas, com folhas espessas ou reduzidas. Excetuadas poucas espécies, como por exemplo o gênero Pereskia, todos cactos são plantas suculentas, e como elas, apresentam diversas adaptações que as habilitam a sobreviver nestes ambientes.

Cactos globulares crescendo em uma encosta no Deserto de Mojave. Estes cactos ocasionalmente atingem até um metro e meio de altura.
Stenocereus thurberi no Arizona
Muitas espécies de cactos apresentam espinhos longos e afiados.

Os cactos nunca perderam suas folhas completamente; somente reduziram seu tamanho de modo a reduzir a área de superfície pela qual a água é perdida pela transpiração. Em algumas espécies as folhas são ainda notavelmente grandes e comuns enquanto em outras tornaram-se microscópicas, mas ainda contêm estomatos, xilema e floema. Determinadas espécies de cacto desenvolveram folhas efêmeras, que são as folhas que duram por um curto período de tempo enquanto um novo broto estiver ainda em suas fases iniciais de desenvolvimento. Um bom exemplo de uma espécie de folhas efêmeras é a Opuntia ficus-indica, mais conhecida como figo da Índia. Os cactos igualmente desenvolveram espinhos por ajudarem que menos água evapore pela transpiração ao proteger a planta do sol, e defendem o cacto de animais em busca de água. Os espinhos crescem de estruturas especializadas chamadas areolas. Muito poucos membros da família têm folhas, e quando presentes estas geralmente são rudimentares, medindo até três milímetros e logo caem. Entretanto dois gêneros, Pereskia e Pereskiopsis, conservam por muito tempo grandes folhas não suculentas de até 25 cm. e também ramos não suculentos. Recentemente descobriu- se que Pereskia é o gênero ancestral do qual todos cactos restantes evoluíram [5].

Caules verde suculentos e espessados são capazes de realizr fotossíntese e armazenar água. Ao contrário de muitas outras suculentas, o caule é a única parte de um verdadeiro cacto onde isto ocorre. Como muitas outras plantas que têm revestimentos cerosos em suas folhas, os cactos frequentemente os têm em seus caules para impedir a perda de água. Isto impede que a água espalhe-se em sua superfície e faz que escora logo de modo a ser absorvida pelas raízes e usada para a fotossíntese. Os cactos têm um caule grosso e cascudo e suculento para armazenar a água da chuva. Seu interior, dependendo do cacto, é esponjoso ou oco. O revestimento grosso e impermeável também mantem a água dentro do cacto evitando sua evaporação.

Os corpos de muitos cactos engrossaram durante a evolução, formando o tecido armazenador de água, e frequentemente assumiram a forma ótima de esfera, que combina o maior volume possível com a mais baixa área de superfície possível. Reduzindo sua área de superfície, o corpo da planta é protegido da exposição excessiva à luz solar.

A maioria dos cactos passa por um curto período de crescimento seguido de longa letargia. Por exemplo, um cacto Saguaro adulto, Carnegiea gigantea, pode absorver até 3.000 litros da água em dez dias. Nisto é favorecido por sua habilidade de rapidamente lançar novas raizes. Duas horas após a chuva, depois de uma seca relativamente longa, a formação da raiz começa em resposta à umidade. Excetuadas algumas espécies, o sistema radicular é extensivamente ramificado imediatamente abaixo da superfície do solo. A concentração de sal nas células das raizes é relativamente elevada, de modo que quando a umidade eleva-se, a água possa imediatamente ser absorvida na maior quantidade possível.

O próprio corpo da planta é também capaz de absorver a umidade através da epiderme e dos espinhos, o que, para plantas que são expostas à umidade quase exclusivamente, ou em alguns casos unicamente, sob a forma da névoa, é de grande importância para sustentar a vida.

Pereskia grandifolia, um gênero suculento que apresenta folhas e acredita-se ser muito semelhante aos ancestrais de todos os cactos.

A maioria dos cactos têm raizes muito rasas que podem estender-se amplamente perto da superfície do solo para coletar a água, uma adaptação às raras chuvas; em uma pesquisa, um jovem Saguaro de somente 12 cm de altura apresentou um sistema radicular que cobria uma área de dois metros de diâmetro, mas sem raizes com mais de dez centímetros de profundidade [6] Os grandes cactos colunares também desenvolvem raizes em grandes tapetes, primeiro para fixação mas também para obter maior acesso a água e minerais.[6].

Uma característica que distingue os cactos de todas outras plantas: os cactos possuem areolas. A areola parece com um encaixe com um diâmetro de até 15 milímetros e é formada por dois elementos opostos. Da parte superior desenvolve ou uma flor ou um broto lateral, da parte de baixo desenvolve os espinhos. Os dois elementos das areolas podem encontrar-se muito próximos, mas ocasionalmente também podem estar separados por diversos centímetros.

Como outras suculentas das famílias Crassulaceae, Agavaceae, Euphorbiaceae, Liliaceae, Orchidaceae e Vitaceae, os cactos reduzem a perda de água através da transpiração pelo metabolismo ácido crassulaceano [6] . Aqui, a transpiração não ocorre durante o dia, enquando realizam a fotossíntese, mas à noite. Durante o dia seus estômatos permanecem fechados e a planta armazena dióxido de carbono ligado quimicamente ao ácido málico o qual vai sendo liberado gradualmente para a fotossíntese. Como a transpiração ocorre durante as horas húmidas e frescas da noite, a perda de água é reduzida significativamente.

Reprodução

Koenigin der Nacht Der Film wikipediaversion.ogg
Nascimento e morte de uma flor de Selenicereus grandiflorus
Echinopsis florido. Suas flores de perfume adocicado abrem à noite e murcham na manhã seguinte.

Alguma flores de cacto formam longos tubos de até 30 centímetros de modo que somente as mariposas possam alcangar seu néctar e consequentemente poliniza-las. Há também exemplos de especializações para morcegos, beija flores e algumas espécies de abelhas. A duração dsa flores é muito variável. Muitas flores, por exemplo as do Selenicereus grandiflorus (ver filme), popularmente conhecido como rainha da noite, somente permanecem inteiramente abertas por duas horas noturnas. Outros cactos florescem por uma semana inteira. A maioria dos cactos são auto-incompativeis portanto necessitam de um polinizador. Alguns são autógamos e auto polinizam-se. As Fraileas somente desabrocham completamente suas flores em circunstâncias excepcionais, em regra são cleistogâmicas, ou seja, autopolinizam-se com as flores ainda fechadas. A própria flor também passou por um desenvolvimento adicional: seu ovário costuma transformar-se e uma área completamente protegida por espinhos, pelos e escamas. A formação das sementes é elevada, e as frutas frequentemente saborosas, suculentas, e vistosamente coloridas. Cabras, pássaros, formigas, ratos e morcegos contribuem significativamente na dispersão das sementes.

Devido à sua elevada habilidade em reter a água, partes destacadas das plantas podem sobreviver por longos períodos e raizes desenvolvem-se em qualquer segmento do corpo da planta.

História

Carl Spitzweg, um aficcionado dos cactos, cerca de 1856
Cactos Moche. 200 A.C., coleção do Museu Larco, Lima, Peru.

Entre as ruínas da civilização asteca, plantas com aparência de cactos são encontradas nas pinturas, esculturas e desenhos, com muitas imagens assemelhando-se ao Echinocactus grusonii. Este cacto, popularmente conhecido como assento de sogra, tem grande significado ritual pois sacrifícios humanos eram realizados nestes cactos. Tenochtitlan, o nome mais antigo da Cidade do México, significa "lugar dos cactos sagrados". No atual Brasão do México existem uma águia, uma serpente e um cacto.

A longa exploração econômica dos cactos pode ser traçada aos astecas. Os índios norte-americanos utilizam alcalóides produzidos por diversas espécies de cactos para cerimônias religiosas. Hoje, além de seu uso como produto alimentício (geléias, fruta, vegetais), seu uso principal é como um hospedeiro para cochonilha o inseto do qual um corante vermelho carmim é obtido e utilizado na produção de Campari ou batom. Partcularmente na América do Sul, cactos mortos, do tipo coluna, rendem valiosa madeira para construção. Alguns cactos também apresentam importância farmacêutica.

Deste o momento que os antigos exploradores europeus avistaram-nos, os cactos despertaram muito interesse: Cristovão Colombo levou o primeiro melocactus à Europa. Seu interesse científico começou a despertar no século XVII. Em 1737, vinte quatro espécies eram conhecidas, a quais Linnaeus agrupou formando o gênero "Cactus".

Do começo do século XX o interesse nos cactos aumentou significativamente. Isto foi acompanhado de sua elevação do interesse comercial, ocasionando conseqüências negativas que culminaram nas invasões de seus habitats nativos. Com grande número de admiradores, tanto por interesse científico como passatempo, mesmo hoje novas espécies e variedades são descobertas anualmente.

Todos os cactos são cobertos pela Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora (CITES), e muitas espécies, em virtude de sua inclusão no apêndice 1 do CITES, são totalmente protegidas.

Alguns países têm uma atitude algo contraditória em relação à proteção das espécies. No México, por exemplo, ser flagrado no ato de coletar cactos acarreta pena de prisão entretanto os habitats dos cactos são destruídos para a construção de estradas e de linhas de eletricidade novas. Alguns cactos são endêmicos de pequenas áreas, se este habitat for destruído, pela construção ou coleta, caso a espécie que cresce lá seja realmente endêmica, está perdida para a posteridade.

O povo Moche do antigo Peru louvava a agricultura frequentemente representava os cactos em sua arte. [7]

Usos

Cerca de cacto em Bonaire.

Os cactos, cultivados no mundo inteiro, são uma visão familiar em vasos ou em jardins decorativos dos climas mais quentes. Frequentemente fazem parte de jardins xerofíticos, jardins em regiões áridas, ou jardins ornamentais rochosos. Alguns países, tais como a Austrália, têm limitações no fornecimento de água em muitas cidades, assim plantas resistantes à seca estão aumentando em popularidade. Numerosas espécies atualmente tem seu cultivo amplamente difundido, tais como espécies de Echinopsis, Mammillaria e Círio entre outras. Alguns, tais como o cacto dourado do tambor, Echinocactus grusonii, são muito valorizados em projetos de paisagismo.

Os cactos são comumente usados como cercas vivas onde há falta de recursos naturais ou de meios financeiros para construir uma cerca permanente. Isto é observado frequentemente em áreasa de climas quentes e áridos, tais como Masai Mara no Kenya (ver foto). Cercas de cacto são usadas frequentemente pelos proprietários e paisagistas como segurança. Os espinhos afiados do cacto intimidam pessoas desautorizadas a aventurarem-se em propriedades privadas, e podem impedir arrombamentos se plantados sob janelas e condutores próximos. As características estéticas de algumas espécies, além de suas qualidades de segurança, tornam-nas uma alternativa considerável às cercas e muros artificiais.

Além de plantas de jardim, muitas espécies de cacto têm usos comerciais importantes, alguns cactos produzem frutas comestíveis, como o figo da Índia e o Hylocereus , que produz a fruta do dragão ou Pitaya. Opuntia são usadas igualmente como hospedeiros para criação das cochonilhas utilizadas na indústria tintureira da América Central.

A Lophophora williamsii, é um conhecido agente psicoativo utilizado pelos indígenas norte americanos do sudeste dos Estados Unidos. Algumas espécies de Echinopsis, antes Trichocereus, também apresentam estas propriedades. O cacto de São Pedro, uma espécie comum de jardins, contém mescalina.

Cultivo em vaso

Pequena coleção de cactos em vasos.

Um bom substrato é essencial podendo ser composto da seguinte maneira: 50% de areia lavada de rio, 50% de terra vegetal. Pode ser acrescentado o húmus de minhoca na proporção de um terço do volume de terra vegetal. Os espécimes jovens não devem ser expostos diretamente ao sol o dia inteiro, precisando apenas de luminosidade intensa. A rega não deve ser excessiva, pois pode apodrecer o cacto

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Cactaceae

Filmes recentes de Hollywood seguem molde matemático, diz cientista

EWEN CALLAWAY
da New Scientist

A Era de Ouro em Hollywood pode ter acabado na década de 1950, mas foi apenas recentemente que a cidade dos sonhos demonstra ter um método matemático para capitalizar a medida de nossa inconstante atenção.

"Produtores de filmes têm evoluído, de forma cada vez melhor, na extensão de cenas e sequências, que arrebatem a nossa atenção", diz James Cutting, psicólogo da Universidade Cornell, em Ítaca, Nova York.

Ele analisou 150 filmes de Hollywood e descobriu que os mais recentes eram mais voltados a períodos determinados das cenas, e tinham a tendência de seguir um modelo matemático que também descreve a medida extensão da atenção humana.

Divulgação
Ator Bruce Willis em cena do filme "Duro de Matar"; filmes seguem método matemático
Ator Bruce Willis em cena do filme "Duro de Matar"; filmes seguem método matemático

Fórmula

Nos anos 1990, um grupo da Universidade do Texas mediu a extensão da atenção de voluntários, a partir de como eles se portavam diante de centenas de testes consecutivos.

Quando eles cruzaram essas medições com uma série de ondas usando um cálculo matemático chamado Transformações de Fourier, as ondas aumentavam em magnitude, à medida que as frequências caíam.

Esta propriedade é conhecida como flutuação 1/f, ou "ruído de onda" e, neste caso, significava que o poder de atenção diante de um teste com uma extensão particular foram recorrentes em intervalos regulares.

O pioneiro da teoria do caos, Benoit Mandelbrot, encontrou níveis anuais de enchentes do rio Nilo que seguiam esse padrão; outros observaram-no na música e em turbulências na atmosfera.

Para encontrar se a extensão de uma cena cinematográfica poderia seguir a 1/f também, Cutting mediu a duração de cada sequência em 150 sucessos de Hollywood, de vários gêneros, lançados entre 1935 e 2005. Ele, então, dispôs esses dados em uma série de ondas para cada filme.

Cutting descobriu que os filmes mais recentes eram mais propensos a obedecer a lei 1/f do que seus antecessores.

Mas ele afirma que não são apenas filmes de ação com sequências rápidas, como "Duro de Matar 2", que seguem a 1/f. Ao contrário, o importante é que haja sequências de tamanhos semelhantes, que se repitam em um padrão regular dentro do filme.

O cientista sugere que a obediência à 1/f pode fazer dos filmes mais atrativos porque eles repercutem com o ritmo de extensão da atenção humana --mas ele duvida que diretores estão usando a matemática, deliberadamente, para fazer filmes.

Em vez disso, ele acha que filmes que sejam editados dessa forma provavelmente sejam mais bem-sucedidos, algo que, por sua vez, incentivaria outros a seguir este estilo. Isso explicaria por que um grande número de filmes recentes tendem a seguir a 1/f.

No entanto, ele descreve como "simplesmente terrível" o filme "Star Wars 3", cujo enredo segue rigidamente a 1/f. Cutting afirma que uma boa narrativa e forte atuação são provavelmente mais importantes do que a fórmula matemática.

Fonte:Folha Online

Chapéu de Palha

Programa beneficia famílias de trabalhadores da Zona da Mata e Vale do São Francisco

Criado na segunda gestão do ex-governador Miguel Arraes, o Programa Chapéu de Palha foi resgatado em 2007 pela atual gestão com o objetivo de atender 20 mil famílias da zona canavieira desempregadas durante o período da entressafra da cana. Por meio de atividades que buscam o resgate da cidadania, 52 municípios fazem parte da área de abrangência do programa, que conta com um cronograma de atividades que envolvem alfabetização e reforço escolar para jovens e adultos, plantio de mudas e recuperação de mata ciliar, curso de capacitação para mulheres, retirada de documentação pessoal (como identidade e certidão de nascimento) entre outros.

Em 2009, o Governo de Pernambuco ampliou a atuação do programa, e oito mil famílias de trabalhadores rurais da fruticultura irrigada do Vale do São Francisco também passaram a contam com as ações do Chapéu de Palha. Seguindo os mesmos critérios operacionais, sete municípios estão envolvidos: Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco, Cabrobó, Orocó e Petrolândia. O Programa segue o mesmo modelo nas duas regiões do Estado e o benefício pago pelo Governo aos trabalhadores pode chegar a até R$ 232,50, sendo complementar ao valor recebido do programa federal Bolsa Família. A contrapartida do trabalhador é participar (ou indicar alguém da família) de uma das atividades oferecidas pelo programa.

A ação de governo conta com o envolvimento direto das seguintes secretarias e órgãos: Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos; de Saúde; de Educação; da Fazenda; de Desenvolvimento Econômico; Especial da Mulher; Especial de Juventude e Emprego; Especial de Articulação Social; Casa Civil; Procuradoria Geral do Estado.

Fonte:Portal PE

Íons em aparelhos dentários

Íons em aparelhos dentários

Pesquisa feita na Unifesp indica que metais liberados por aparelhos ortodônticos que enferrujam não prejudicam o DNA, como sugeria estudo anterior (Foto: Universidade de Maryland)

Por Fábio Reynol

Agência FAPESP – Aparelhos ortodônticos que enferrujam durante o tratamento podem soltar metais e íons (partículas eletricamente carregadas) na boca do paciente.

Intrigado com um trabalho científico feito na Itália que apontava possíveis riscos ao DNA provocado por esses íons, o professor Daniel Araki Ribeiro, do campus de Santos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), resolveu pesquisar o assunto.

Com o apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular, Ribeiro acompanhou voluntários durante o período médio de um tratamento ortodôntico, por cerca de 18 meses.

Durante esse tempo, o pesquisador coletou amostras de células da mucosa bucal dos pacientes por meio de raspagem. “O fato de esses metais serem liberados e acumularem em células do nosso corpo já é um problema bem grave à saude humana, mas nosso estudo verificou que os DNAs colhidos do material analisado não tinham sofrido alterações”, disse Ribeiro à Agência FAPESP.

Os metais que sofrem corrosão dentro do organismo podem soltar íons capazes de atingir o núcleo das células e lesionar o DNA. Como consequência, o DNA lesionado poderia provocar doenças degenerativas tais como o câncer.

“Nenhum dentista deixa aparelhos oxidados na boca do paciente, mas o risco de corrosão é grande, principalmente em materiais mais baratos”, disse Ribeiro, explicando que a saliva cria um microambiente favorável à oxidação de metais.

Além do trabalho de análise nos pacientes (in vivo), também foram realizadas experiências diretamente em células em placas in vitro. Sete marcas de aparelhos foram mergulhadas em uma solução corrosiva. Após a oxidação, parte do líquido foi jogada em cima das células.

Assim como as amostras bucais dos pacientes, os testes das células in vitro mostraram DNAs incólumes. O estudo in vitro também não mostrou danos genéticos.

O trabalho de pesquisa, que se encerrou no fim de 2009, gerou dois artigos científicos que já foram aceitos pelo American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics e devem ser publicados ainda este ano.

Fonte: Agência FAPESP

Nova variedade de abacaxi

Nova variedade de abacaxi

Batizado de “IAC-Fantástico”, nova cultivar do Instituto Agronômico de Campinas produz folhas sem espinhos e é resistente à principal doença que ameaça a planta (foto: IAC)

Agência FAPESP – O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), apresentou o “IAC-Fantástico”, uma nova cultivar de abacaxi que não possui espinhos nas folhas e é resistente à fusariose, principal doença da cultura no Brasil.

A fruta contém polpa doce de tamanho mediano com baixa acidez, servindo tanto ao consumo in natura como à indústria de alimentos.

O desenvolvimento da nova modalidade começou em 1991 e contou com a participação de pesquisadores de outras instituições de pesquisa, como o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), o Instituto Biológico (IB) e o Polo Centro-Norte da APTA.

A primeira etapa do trabalho envolveu o cruzamento entre as variedades Tapiracanga (TP) e Smooth Cayenne (SC). Numa fase seguinte, foram selecionados descendentes utilizando como critérios a resistência à fusariose e a ausência de espinhos nas folhas.

O IAC pretende disponibilizar mudas naturais do novo abacaxi até 2013.

Mais informações: www.iac.sp.gov.br

Fonte:Agência FAPESP