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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mais soro contra aranhas

Mais soro contra aranhas

Pesquisadores do Butantan desenvolvem processo para facilitar produção de soro contra picadas de aranha-marrom, responsáveis por mais de 5 mil acidentes no país em 2009 (foto: Butantan)

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – A aranha-marrom (gênero Loxosceles) é pequena (cerca de 1 centímetro de comprimento) e pouco agressiva. Suas picadas ocorrem geralmente como forma de defesa, quando entram inadvertidamente em roupas ou calçados, por exemplo. Apesar disso, está longe de ser inofensiva.

No ato da picada, na maioria das vezes não há dor. Mas depois de cerca de 12 horas ocorre um inchaço na região afetada e febre. Com o avanço, e sem tratamento, o veneno pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e até mesmo morte.

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, em 2009 foram registrados 85.718 casos de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, dos quais 17.474 com aranhas. Dos acidentes com aranhas, os casos envolvendo espécies de aranha-marrom responderam por um terço (5.728) do total.

O Butantan produz um soro para picadas de aranha-marrom, mas há considerável dificuldade para se obter o veneno usado na produção. “Como as aranhas são pequenas, o que se consegue de veneno é pouco. São necessárias centenas de exemplares para se produzir o soro”, disse Denise Vilarinho Tambourgi, diretora técnica do Laboratório de Imunoquímica do Instituto Butantan, à Agência FAPESP.

Pesquisadores do instituto acabam de dar um importante passo para tentar diminuir o problema, ao isolar o gene responsável pela fabricação da toxina esfingomielinase D, principal componente tóxico do veneno da aranha-marrom.

Estudos conduzidos desde 1997 no Butantan haviam conseguido avançar na decifração dos principais componentes do veneno e como ele atua no organismo infectado. Agora, a equipe do Laboratório de Imunoquímica conseguiu inserir um gene da aranha em Escherichia coli, desenvolvendo um processo para a produção, em larga escala, da esfingomielinase D, por meio da bactéria – e não da própria aranha. A novidade poderá facilitar a produção do soro antiloxoscélico, empregado contra o veneno de aranha-marrom.

“Vários resultados mostram que o veneno da aranha-marrom tem um componente central, a esfingomileinase D, responsável pelos principais sintomas clínicos. Com base nisso, conseguimos isolar e introduzir o gene que codifica para essa toxina em bactéria. Para outros venenos, tal processo talvez não seja aplicável, uma vez que os venenos animais são, em geral, misturas complexas contendo várias toxinas, responsáveis pelos sintomas clínicos apresentados nos diferentes envenenamentos”, disse Denise, que atualmente também desenvolve o projeto “Erucismo decorrente do contato com lagartas de Premolis semirufa (Lepidotera, Arctiidae)”, que tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

Os soros utilizados atualmente neutralizam as toxinas em circulação no organismo humano, mas não são muito eficazes para tratar lesões na pele – o veneno da aranha-marrom causa, na maioria dos casos, lesão local. “Essa lesão é de difícil resolução e pode levar meses para cicatrizar. Em alguns casos, os pacientes chegam a precisar de implantes”, apontou.

Como a picada da aranha-marrom é indolor e a reação local não se manifesta imediatamente, as vítimas só procuram ajuda quando a lesão na pele está instalada. “A necrose dos tecidos não é mais uma consequência do veneno, mas de uma cascata de reações do próprio organismo, acionadas pelas esfingomielinases D”, explicou Denise.

Fora a lesão local, há também a possibilidade de o paciente desenvolver um quadro sistêmico, que acomete um número menor de pacientes, mas que quando ocorre pode ser extremamente grave, levando inclusive à morte.

“O indivíduo pode ter hemólise intravascular e, em casos muito graves, isso pode causar danos renais e, em última instância, o óbito. Mas os quadros variam de acordo com a espécie e idade de aranha, local da picada ou se foi macho ou fêmea. Há ainda as características da vítima, como características genéticas e nutricionais ou idade. Tudo isso influencia”, disse.

As três espécies de aranhas-marrons (L. gaucho, L. intermedia, L. laeta) estão bem adaptadas ao cenário intradomiciliar. A L. gaucho é mais comum em São Paulo, enquanto as outras duas ocorrem mais no Sul do país, no Paraná e em Santa Catarina, respectivamente. O soro produzido utilizando as esfingomielinases D obtidas por meio da E. coli é eficaz contra o veneno das três espécies.

Testes em humanos

Após isolar o gene responsável pela produção da toxina esfingomielinase D, os pesquisadores do Butantan inseriram anéis de DNA (plasmídeos) com o gene da aranha em bactérias Escherichia coli, que começaram a produzir a toxina.

A esfingomielinase D foi inicialmente administrada em camundongos e coelhos, para a produção de anticorpos que serviriam como matéria-prima do soro. Em seguida, os testes foram feitos em cavalos.

“Isolamos os anticorpos produzidos pelo animal para a produção do soro. Em seguida, comparamos esse soro experimental com o que se utiliza na terapêutica humana e vimos que tal soro era capaz de neutralizar o veneno total”, disse Denise.

No novo processo as bactérias substituem as aranhas para a obtenção das toxinas. Os pesquisadores clonaram, na E. coli, os genes responsáveis pela toxina de duas das espécies de aranha-marrom: a L. intermedia, comum no Paraná, onde ocorre a maior parte dos acidentes no país, e a L. laeta, mais venenosa e presente em vários países latino-americanos.

A próxima etapa da pesquisa é o teste do soro em humanos. Para isso, será necessário produzir três lotes consecutivos de soro antiloxoscélico. “Para a última fase, o ensaio clínico, precisaremos da autorização da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Nossa expectativa é que até o fim do ano esses três lotes de soro estejam prontos”, disse.

Um dos estudos relacionados à aranha-marrom e realizado no âmbito do projeto coordenado por Denise é o de Daniel Manzoni de Almeida, intitulado “Análise do potencial neutralizante de um novo soro antiloxoscélico produzido contra esfingomielinases recombinantes dos venenos de aranhas Loxosceles e que teve apoio da FAPESP na modalidade Bolsa de Mestrado.

Fonte: Agência FAPESP

Palestra na Casa Plínio Amorim (Petrolina- PE) aborda qualidades da mandioca

DSC00435Um tubérculo conhecido da região foi o centro das discussões, ontem (24), na Casa Plínio Amorim. O uso da mandioca em vários alimentos, inclusive no pão francês, chamou atenção dos vereadores e do público presente à sessão ordinária da Casa.

Convidado para falar sobre o assunto, o engenheiro agrônomo da Embrapa Joselito da Silva Motta(foto), da cidade de Cruz das Almas (BA), destacou o emprego da fécula da mandioca num dos alimentos mais consumidos no País, o pão francês (ou pão de sal, como é conhecido na região).

O projeto, de autoria dos vereadores Dr.Pérsio Antunes e Cristina Costa, foi elogiado pelo engenheiro. Na sua palestra, Motta ressaltou que a adição da fécula da mandioca ao trigo utilizado para fazer o pão, na proporção de 12% a 15%, não altera em nada o sabor do alimento, além de torná-lo ainda mais nutritivo.

Na ocasião o engenheiro mostrou um vídeo com uma reportagem sobre o uso da mandioca em vários tipos de receitas, como sucos, doces e salgadinhos. Segundo Motta, além de ser rica em fibras, cálcio e potássio, a mandioca pode estimular os pequenos agricultores locais, uma vez que encontra na região as condições ideais para ser produzida.

Fonte: Blog do Carlos Britto

Adultos de 30 a 39 anos também serão vacinados contra nova gripe

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (25), a inclusão dos adultos que têm entre 30 e 39 anos entre os grupos que receberão a vacina contra a gripe A (H1N1). A campanha de imunização, que começa no dia 8 de março, já incluía profissionais da saúde, povos indígenas, crianças pequenas, pessoas com problemas crônicos e jovens entre 20 e 29 anos de idade.

A vacinação será gratuita e dividida em quatro etapas, conforme o público-alvo. Ainda não foi divulgado o novo calendário de vacinação com a inclusão do grupo de adultos entre 30 e 39 anos de idade.

O Ministério da Saúde tem 83 milhões de doses da vacina, mas estima que sejam imunizadas 62 milhões de pessoas. O medicamento restante será guardado como reserva técnica caso seja necessário usá-lo em uma eventual quinta etapa.


Tire suas dúvidas sobre a nova gripe

O calendário é o mesmo em todo o Brasil, e os locais de vacinação serão definidos pelas secretarias de saúde de cada estado. Para ser vacinado, é necessário pertencer a algum grupo indicado pelo ministério. É preciso levar ao posto de vacinação o RG e a carteirinha de vacinação. O medicamento é contra-indicado a quem tem alergia a ovo.

Fonte : http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1505167-5603,00.html

Bacon e ovos tornam os bebês mais inteligentes

"Olha o aviãozinho!"

Cientistas da Universidade da Carolina do Norte descobriram um micronutriente, a colina, que auxilia no desenvolvimento de partes do cérebro do bebê ligados à memória e ao reconhecimento, enquanto eles ainda estão na barriga das mães. O estudo, feito em ratos, comprovou que havia diferenças genéticas no cérebro daqueles que que receberam grande quantidade deste nutriente. Outros alimentos, que contém essa substância, também deixam os bebês mais inteligentes como o leite, nozes, fígado e frango.
Fonte:Superinteressante

Avião movido a lixo orgânico

Ao mesmo tempo em que a aviação é um dos setores que mais cresce em emissões - entre 1990 e 2005 houve um aumento de 42% e o setor já é responsável por quase 5% do efeito estufa, o que representa um aumento de 0,03 ºC na temperatura global -, é, também, um dos que tem maior potencial para o uso de combustíveis alternativos. O que pode atrasar o avanço nesse quesito são as exigências técnicas e processos de certificação muito rigorosos para o uso de combustível em aeronaves. Por isso, o querosene (de aviação, que passa por etapa a mais de refino que o utilizado para uso doméstico) é o combustível padrão desse segmento.

Claro que só por ser querosene, ele não é nada sustentável. Mas o querosene de aviação tem uma pegada ainda maior: cada tonelada desse combustível, queimado no ar ou no chão, produz 3,16 toneladas de CO2! Dessa forma, a aviação consome 2% de todos os combustíveis fósseis queimados. Isso representa 12% do consumo de combustível de todo o setor de transporte.

Pensando nesse impacto, a companhia aérea British Airways resolveu construir, em 2014, a primeira fábrica europeia destinada a transformar o lixo em combustível. Com o projeto, cerca de meio milhão de toneladas de resíduos serão utilizados anualmente para gerar 72,8 mil metros cúbicos de combustível. Trata-se de uma ótima iniciativa, já que será possível reduzir o volume de metano - gás de efeito estufa mais potente que o dióxido de carbono. Outra boa iniciativa é da Boeing, que apresentou um avião de demonstração de dois lugares que pode voar abastecido com células de hidrogênio.

E não é só na Europa que há projetos de combustíveis alternativos para esse segmento. Em 2012, no Brasil, ainda sem uma data prevista, a companhia aérea Azul e a Embraer devem realizar o primeiro voo experimental - sem passageiros - com o uso de um querosene obtido da cana-de-açúcar. Se tudo der certo, o bioquerosene começará a ser produzido em escala industrial em 2013. E a Gol, juntamente com um grupo de pesquisa de biocombustível para aviões, o Sustainable Aviation Fuel Users Group*, pretende estudar alternativas para combustíveis a partir do pinhão, algas e babaçu.

Esses esforços das companhias são todos louváveis, mas os pesquisadores – como não poderia deixar de ser – também apontam problemas. No caso do combustível oriundo do lixo orgânico, ele precisa ser aprovado pelo Reino Unido e isso depende de teste já que os biocombustíveis congelam a temperaturas mais altas que o querosene, o que pode gerar problemas em grandes altitudes. Já para o hidrogênio, um dos problemas seria o seu armazenamento (líquido) a bordo da aeronave, o que ocuparia um espaço bem maior do que o combustível convencional. Assim, os aviões precisariam de alterações mecânicas.

Mas, mesmo com todos esses entraves, ainda há motive para se animar com as inovações. O instituto de pesquisa ASTM International já aprovou o uso de 50% de combustível sintético na aviação comercial. A nova norma de especificações fornece critérios para a produção, distribuição e utilização de combustível de motores de turbina de aviação produzido a partir do carvão, gás natural ou biomassa. É um estímulo ao uso de biocombustíveis no setor. Se tudo correr bem, a previsão é que, em 2030, os combustíveis sintéticos ocupem cerca de 30% dos combustíveis de aviação.

Pelo visto, o setor de aviação está realmente empenhado em reduzir sua pegada ecológica e se tornar um negócio mais sustentável. Nada mal para quem não quer deixar de viajar e se preocupa com o planeta e o futuro da humanidade. Só não pode acontecer de as tarifas aumentarem, não é?

Sustainable Aviation Fuel Users Group*

Fonte:Superinteressante

Caatinga: mais 300 mil hectares de Parque Nacional

A partir do início de março, o Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí, vai ganhar mais 300 mil hectares de terra. Com isso, serão mais de 800 mil hectares de Caatinga sob proteção federal. A área a ser incorporada é a da Serra Vermelha, que abriga as nascentes dos rios Piauí e Itaueira.

Criado em 1998, o parque abrange terras de sete municípios – Jurema, Tamburil do Piauí, Canto do Buriti, Alvorada do Gurgueia, Cristino Castro, Bom Jesus e Guaribas –, e agora vai abocanhar novos trechos de Bom Jesus e Santa Luz. Mais de 50% das espécies endêmicas do bioma estão por ali.

No novo riscado, houve a preocupação de deixar de fora áreas mais habitadas: o governo quer evitar dor de cabeça com desapropriações e indenizações. É que os problemas de regularização fundiária se arrastam até hoje, desde que o parque saiu do papel. Bem no estilo das demais unidades de conservação brasileiras

Fonte: http://www.greenblog.org.br/?p=5050