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sábado, 30 de julho de 2011

Pesquisas potencializam benefício do umbuzeiro na caatinga

Com a constatação de que o umbuzeiro contribui com o enriquecimento da caatinga, especialmente em áreas degradadas, tem crescido o interesse de organizações ambientais por iniciativas que garantem a reprodução desta espécie nativa da caatinga.

A Embrapa Semiárido tem desenvolvido a prática da enxertia do umbuzeiro da caatinga, considerando uma das poucas espécies endêmicas, ou seja, que só existe neste bioma, e sua importância econômica a partir do extrativismo e beneficiamento da fruta.

A enxertia é uma técnica que utiliza plantas novas acopladas com galhos de plantas antigas que produzem frutos mais rapidamente. Entre 2001 e 2007, a empresa produziu 40 mil mudas de umbuzeiros que foram distribuídas para secretarias de agricultura estaduais, ONGs, associações e sindicatos rurais.

Outra ação que vem sendo desenvolvida no Semiárido é o plantio de umbuzeiros em áreas protegidas, isoladas por cercas, o que favorece o desenvolvimento das plantas que crescem fora do alcance dos animais. Nesses espaços, segundo o pesquisador, as mudas são cultivadas no meio da vegetação nativa, com distância de 20 metros.

Essa prática está sendo desenvolvida pelo IRPAA em sete comunidades do semiárido baiano, através do Projeto ‘Recaatingamento’, patrocinado pela Petrobras. As comunidades esperam que em cinco anos as áreas apresentem sinais de recuperação de sua vegetação nativa, com destaque para a presença dos umbuzeiros.

Essas espécies existentes hoje na caatinga são, em sua maioria, plantas adultas com cerca de cem anos e que não conseguem deixar descendentes. Com excelente paladar, os pés de umbu são comidos ainda pequenos pelos animais, principalmente cabras e ovelhas que pasteiam na caatinga. Além disso, a densidade natural da planta é considerada relativamente baixa, com a ocorrência de, em média, quatro pés por hectare.

Fonte: Blog Carlos Britto

http://www.carlosbritto.com/154069/