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sábado, 30 de janeiro de 2010

Formigas doentes preferem ir morrer na solidão

Quando sente que vai morrer, a formiga abandona o formigueiro. Passa os últimos momentos na solidão.

Quase tão inesperado quanto o comportamento dos animais é o dos cientistas alemães responsáveis pela descoberta. O trabalho deles é passar o dia acompanhando um "Big Brother Formiga" e, depois, procurar explicar as atitudes dos animais.

O responsável pelo estudo é Jürgen Heinze, da Universidade de Regensburg (Alemanha), uma espécie de Pedro Bial do formigueiro. No caso das formigas moribundas solitárias, a explicação que ele propõe parte da ideia de que quase ninguém, na natureza, morre de velho.

Grandes grupos de seres idosos são uma anomalia histórica criada recentemente pelos humanos. Na vida selvagem, morre-se muito antes de envelhecer. Em geral, a razão é alguma doença, muitas delas transmissíveis. Imagine quantas vezes você já teria ficado à beira da morte se, como as formigas, não tivesse acesso à medicina.

A questão é que sociedades são o cenário perfeito para que doenças transmissíveis se espalhem. Como formigas são seres que vivem em complexas sociedades, afastar-se durante a doença é uma maneira muito eficiente de evitar que mais animais se contaminem no formigueiro. Em termos evolutivos, formigas que tinham esse comportamento beneficiavam a sobrevivência de toda a comunidade e, assim, de vários dos seus próprios genes.

Os cientistas não observaram as formigas doentes sendo atacadas por outras ou forçadas a abandonar os formigueiros. Elas simplesmente iam embora por "vontade" própria.

O trabalho foi feito com uma espécie em particular de formiga (a Temnothorax unifasciatus), mas os cientistas acreditam que encontrariam o mesmo altruísmo em outras espécies com a mesma estrutura de sociedade, como abelhas ou vespas.

Espiadinha

Os cientistas retiraram os formigueiros de seus lugares de origem, no meio do mato, e os levaram para o laboratório. Eles foram delicadamente colocados em caixas de plástico, que facilitavam a observação de cada um dos animais.

"Foi algo bem fácil de fazer. Nós simplesmente sentamos em um microscópio e vemos o que está acontecendo. As colônias de T. unifasciatus [a espécie de formiga utilizada] são bastante pequenas, então, de poucos em poucos minutos, é possível rastrear o estado comportamental de todas as formigas", diz Heinze.

Foram vários os experimentos, que serão publicados na revista "Current Biology". Em um, os pesquisadores infectavam algumas formigas com fungos fatais e marcavam os animais destinados à morte com arame. Em outro, observavam formigas que morriam sozinhas, sem interferência humana. Em ambos os casos, os animais iam, salvo raras exceções, morrer no exílio.

Para Heinze, ainda há muito a pesquisar sobre as formigas, como o seu comportamento de acasalamento e os meios de resolução de conflitos, que podem acabar em lutas fatais.

Fonte : Folha on line

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O jardim secreto de cada um














Há dentro de todos nós essa necessidade de ter em algum lugar nosso jardim secreto, não onde vamos confinar nossos segredos, mas onde podemos ter um encontro real e exclusivo conosco.

Umas pessoas sentem mais essa necessidade que outras, mas estar consigo de vez em quando, interiorizar-se, colocar ordem nos pensamentos ou simplesmente abandonar-se, é vital ao equilíbrio de todos nós.

Em todo relacionamento onde o amor existe, esse espaço deve ser conservado como o limite de cada um. Os relacionamentos fusionais que ultrapassam essas barreiras acabam por destruir-se, pois amar é também respeitar que a outra pessoa tenha seu recanto, seus pensamentos e, por que não, seus próprios amigos, próprias idéias e sonhos.

As pessoas não precisam estar juntas cem por cento do tempo para provarem que se amam. Elas se amam por que se amam e pronto. Dar ao outro um pouco de espaço, um pouco de ar para respirar, é dar-lhe também a oportunidade de sentir falta de estar junto. E isso vale tanto para os amores como para as amizades.

As cobranças intermináveis, resultados de carências afetivas, acabam por sufocar a outra parte e cria na que pede, espera, implora, ansiedades que a tornarão infeliz, pois ela verá como desamor qualquer gesto que não corresponda ao que espera.

Amar é deixar o outro livre para ficar ou para se retirar. É respeitar seu silêncio e seu desejo de solitude. E é deixá-lo livre para ir e voltar quando o coração pedir, que isso seja numa cidade ou dentro de uma casa.

Nada impede que um grande e lindo jardim seja construído juntos e que de mãos dadas se passeie por ele, com o peito cheio de felicidade e a cabeça cheia de sonhos... mas ainda assim, o jardim secreto de cada um deve ser mantido como lugar único e que vai, no fim das contas, enriquecer as relações.
Letícia Thompson


Terapia com calor pode reduzir chance de mastectomia

Um novo tratamento testado em pacientes com câncer de mama conseguiu reduzir em quase 90% a necessidade de mastectomia (retirada do seio). Os testes foram feitos na Universidade de Oklahoma, em conjunto com pesquisadores do MIT (Massachussets Institute of Technology), do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Los Angeles, do Centro de Mastologia da Flórida e do Hospital St. Joseph, da Califórnia.

O tratamento é baseado na aplicação de micro-ondas para alterar a temperatura das células cancerosas (termoterapia), provocando sua morte. Essa tecnologia já é usada em alguns tipos de câncer, mas a aplicação para câncer de mama ainda é experimental. "Entre outras coisas, porque o sucesso do tratamento convencional, com cirurgia, já está bem estabelecido e os resultados a longo prazo da nova tecnologia, ainda não. Mas os primeiros resultados, que mostram a possibilidade de evitar a mutilação, são muito promissores", diz Auro del Giglio, coordenador de oncologia do hospital Albert Einstein.

No Brasil, uma pesquisa sobre o uso da termoterapia para câncer de mama foi realizada no Hospital das Clínicas de São Paulo. O princípio do tratamento foi o mesmo (alteração térmica localizada no tumor), mas o equipamento usado foi um aparelho de radiofrequência. Segundo Marcos Desidério Ricci, mastologista do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), que coordenou a pesquisa, participaram pacientes selecionadas, que corriam maior risco cirúrgico, e com tumores pequenos. "O tratamento possibilitou uma cirurgia menos agressiva e diminuiu o seu risco. Constatamos que em 70% das pacientes não havia células cancerosas vivas após a termoterapia", diz Ricci.


Editoria de Arte/Folha Imagem

Um artigo com os resultados do trabalho brasileiro foi aprovado para publicação no periódico "Radiology". Porém, a pesquisa está suspensa por falta de verba, segundo Ricci.

No estudo norte-americano, a termoterapia por micro-ondas foi associada à quimioterapia em pacientes com tumores grandes (a partir de 5 cm de diâmetro), que normalmente exigem a retirada total da mama. Após o tratamento, a porcentagem de pacientes que tiveram de passar por mastectomia caiu de 75% para 7%.

José Roberto Filassi, chefe do setor de mastologia do Icesp, diz que o uso de termoterapia, além de reduzir o tamanho do tumor, teoricamente também reduz o risco de metástases, por causar morte celular. Como as ondas de calor são direcionadas para o tumor, o tecido sadio é preservado. "As moléculas de água aquecem mais rapidamente do que as outras e as células cancerosas contêm mais água que as normais. Assim, a região do tumor atinge altas temperaturas mais rapidamente do que o tecido normal ao redor", diz Filassi.

Em outros tipos de câncer nos quais o uso da termoterapia já está bem estabelecido, como o de rim, o tratamento evita a cirurgia, segundo o oncologista Fernando Cutait Maluf, do Hospital Sírio-Libanês. "No caso do câncer de mama, estamos na fase experimental. Os resultados [das pesquisas] são interessantes, mas ainda não há dados para compararmos se a termoterapia oferece maior chance de cura do que o tratamento convencional", diz Maluf.

Fonte:Folha on line

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Planta medicinal pode ser mais eficaz contra a pressão alta do que remédio

Mangabeira tem substâncias que diminuem hipertensão.
Folha da árvore também contém princípios vasodilatadores.

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que a árvore mangabeira, comum no estado, pode ser muito mais eficaz do que o remédio mais vendido contra a pressão alta.Nas lojas de produtos naturais, é procurada pelo nome do fruto, mangaba, e vendida sob a forma de pedaços do tronco. “É bom para controle de diabetes, colesterol e hipertensão”, afirma a vendedora de ervas Silvana Morais.


O que a sabedoria popular já dizia agora foi comprovado em pesquisa científica, e o resultado surpreendeu os farmacêuticos. No combate à hipertensão, a mangabeira tem substâncias que, na dose certa, podem ser mais potentes e mais eficientes do que remédios muito usados hoje.

Os pesquisadores fizeram um extrato da folha, dissolveram em água e serviram a camundongos hipertensos. As análises mostraram que o chá da mangabeira tem três princípios ativos que, juntos, são até dez vezes mais potentes do que o captopril, usado no tratamento da pressão alta.

O chá ainda tem uma qualidade extra: além de inibir a produção de substâncias que causam a hipertensão, ele também é vasodilatador. Nos animais, a pressão arterial baixou, e ficou controlada.

Chá

“O uso do medicamento se faz em doses muito mais baixas e muito mais efetivas do que o chá preparado rotineiramente”, explica Virgínia Soares Lemos, do departamento de farmacologia da UFMG.

O comerciante Daniel Gonçalves toma o chá de mangabeira há seis meses, e aprendeu a receita com um sertanejo baiano. “Realmente baixou minha pressão. Fiz um exame em janeiro que realmente comprovou essa eficácia da mangaba”, conta ele.

A especialista em plantas medicinais da UFMG, Maria das Graças Lins, alerta que não se deve trocar medicamentos por chá sem indicação médica. “O perigo é fazer o remédio de forma inadequada, extrair uma quantidade grande de princípio ativo, usar uma dose excessiva e fazer até mal ou não fazer o efeito adequado.”

Os testes em humanos devem começar ainda neste ano. A pesquisa também analisa os efeitos da raiz da planta olho-de-boi contra a pressão alta.

Fonte:G1>Ciência e Saúde Notícias

Saiba qual o tempo de degradação de alguns produtos:

Aço – mais de 100 anos
Alumínio – 200 a 500 anos
Chiclete – 5 anos
Cordas de nylon – 30 anos
Embalagens de leite – até 100 anos
Embalagens Pet – mais de 100 anos
Filtros de cigarros – 5 anos
Metais – cerca de 450 anos
Papel e papelão – cerca de 6 meses
Plásticos – até 450 anos
Sacos e sacolas plásticas – mais de 100 anos
Cerâmica, esponjas, isopor, louças, luvas de borracha, pneus e vidros - indeterminado

Casas construídas com plástico reciclado

Rio de Janeiro - O uso de garrafas PET em tapetes, bases de pufes, luminárias e sistemas de aquecimento solar já é conhecido. Pois no segmento de materiais de construção, o tal polietieleno tereftalato também vem ganhando destaque. Em Manaus, o engenheiro eletrônico Luiz Antônio Pereira Formariz começou a investir na resina, tradicionalmente usadas em embalagens de refrigerante e água mineral, para fazer telhas. Assim, fundou a empresa Telhas Leve. O custo do metro quadrado do produto é de R$ 39, duas vezes mais alto que o da telha convencional de barro, que gira em torno de R$ 19. Mas, de acordo com Formariz, devido à sua leveza, o gasto com a estrutura do telhado custa R$ 15, um quarto do preço da tradicional, que é de R$ 70 em média.

As telhas de PET podem ainda ser encontradas em diferentes cores, como azul, amarela e vermelha. A marrom-cerâmica reproduz fielmente o tom das peças de barro. E a durabilidade do produto pode ser até cinco vezes maior. Além disso, Formariz destaca a importância que o produto traz ao meio ambiente.

“Hoje em dia, devido a popularização do consumo de refrigerantes embalados em garrafas de PET, a telha plástica tornou-se também uma grave ameaça ao meio ambiente, pois, após o consumo do conteúdo dessas garrafas, elas se transformam em lixo, causando poluições que afetam drasticamente o meio ambiente. Com a reciclagem do PET, existe a possibilidade de controlar esse problema, pois o material poderá ser transformado em outros produtos de grande utilidade e necessidades básicas para as pessoas”, explica o engenheiro.

Telha feita de garrafa PET pela Telha Leve (Fotos: Divulgação)

Telha feita de garrafa PET pela Telha Leve (Fotos: Divulgação)

A coleta das garrafas PET é feita por cooperativas e associações de catadores de lixo. A reciclagem do material, segundo o engenheiro, além de poder contribuir para uma possível fonte de renda para famílias pobres ou desempregadas, reduz os de custos de fabricação dos produtos. Por ser um material que depende apenas de coleta, reciclagem, e dos devidos tratamentos de preparação, o plástico implica num preço um pouco menor do que se fosse comprado novo.

Cores diferentes de telhas de plástico reciclado

Cores diferentes de telhas de plástico reciclado

PLÁSTICO RECICLADO PODE SUBSTITUIR O COMPENSADO EM ESTRUTURA DE EDIFÍCIOS - O plástico reciclado também vem substituindo os compensados de madeira tradicionalmente utilizados na construção de edifícios como suporte para a confecção da laje plana (”tipo cogumelo”, feita de concreto e que não necessita de vigas).

A ideia é da Premag, do Ceará, que fabrica o chamado “plasterit” partir de garrafas PET recolhidas por cerca de mil catadores da região. Segundo o engenheiro Luiz Edmundo Pereira, sócio-diretor da empresa, o emprego do plasterit na estrutura dos prédios pode trazer uma economia de cerca de 15% no valor da estrutura do prédio, pois o compensado do material pode ser reutilizado várias vezes.

“Essa concepção estrutural, aliada ao uso das formas plásticas com material reciclado e de peças metálicas, reduz o gasto de madeira a praticamente zero, numa edificação. Além disso, o uso da plasterit na construção civil evita o desmatamento e ainda a queima de madeira, já que os compensados tradicionais têm pouca durabilidade e são, posteriormente, queimados”, afirma Pereira.

A Premag, que foi contemplada com o prêmio Top Imobiliário 2009 da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-Niterói), na categoria Sustentabilidade ambiental, já ergueu seis edificações com essa tecnologia no estado. E há mais cinco em construção: duas em Niterói, duas em Rio das Ostras e uma em Macaé. Entre elas, a do Hospital Icaraí, na Marquês do Paraná, e o prédio residencial La Brisa, na Praia de Piratininga.

Fonte: O Globo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Caatinga é um ecossistema único com ocorrência de rica vegetação em região semi-árida

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; ocupa os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.

A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas – formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas.

Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, sete espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymnophiona.

A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil-Colônia com o regime de sesmarias e sistema de capitanias hereditárias, por meio de doações de terras, criando-se condições para a concentração fundiária. De acordo com o IBGE, 27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.

Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram antropizados.

Fonte:IBAMA

Mulher Despida

Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente. Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expôr nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro.
Não conheço strip-tease mais sedutor.


Martha Medeiros

Onça-pintada é ameaçada na Caatinga

Há 356 animais no bioma, mas só metade em idade reprodutiva; Mata Atlântica também tem situação crítica.
Região da Chapada Diamantina, Bahia, pode ficar sem onças-pintadas em um prazo de nove anos e meio. Já para a área de Bom Jesus da Lapa, no mesmo Estado, o prognóstico é ainda pior: a extinção da espécie pode ocorrer em aproximadamente três anos. Para evitar um destino trágico, é preciso proteger mais áreas e tentar conectar, por meio de corredores ecológicos (ligação entre áreas de uso menos intensivo para garantir a sobrevivência da espécie), os grupos que hoje estão isolados.

Os dados são do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), órgão ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. O Cenap avalia que a onça-pintada (Panthera onca) está criticamente ameaçada na Caatinga.

A estimativa, segundo o analista ambiental do Cenap Rogerio Cunha de Paula, é que existam no bioma 356 animais, divididos em cinco áreas. Desse total, apenas cerca da metade está em idade reprodutiva (descontam-se os animais mais jovens e os muito velhos). Dessa forma, o número restante, 178, deixa a espécie em situação crítica - um dos critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês) para a classificação é haver menos de 250 animais.

Outra analista ambiental do Cenap, Beatriz Beisiegel afirma que a situação na Mata Atlântica também é extremamente grave. De acordo com ela, uma estimativa preliminar, baseada em informações de diversos pesquisadores, indica a existência de "170 indivíduos maduros" no bioma.

Ela conta que é muito difícil encontrar vestígios do animal e mais raro ainda vê-lo.

Os estudos confirmam que a população de onças-pintadas vem caindo a cada ano. Entre as ameaças tanto na Caatinga quanto na Mata Atlântica estão a alteração e a perda de hábitat, provocadas pelo desmatamento, e a falta de alimento (as chamadas presas). Na Caatinga, diz de Paula, parte da população se alimenta de tatus e porcos-do-mato e acaba ocorrendo uma competição pelas presas. Também faltam matas contínuas para garantir a sobrevivência da onça-pintada. Outro conflito é que, ao matar rebanhos, elas podem incomodar fazendeiros e serem perseguidas.

Na lista vermelha da IUCN, a onça-pintada aparece como "quase ameaçada". Pelo Ibama, ela é considerada "vulnerável". Isso porque sua situação é melhor em outros biomas e regiões. Dentro do Brasil, o quadro está mais tranquilo no Pantanal e na Amazônia. É por isso que Leandro Silveira, presidente do Instituto Onça-Pintada, defende ações regionalizadas. "Cada bioma tem um problema diferente."

A onça, explica, é uma espécie guarda-chuva. Ao fazer um esforço para sua preservação, várias outras espécies que estão no mesmo ecossistema se beneficiam. Ele acredita que o melhor é investir na Amazônia, que tem grandes áreas intocadas, para garantir a sobrevivência do animal.

De acordo com ele, o custo de tentar reestruturar a população na Mata Atlântica é proibitivo. "É caro e há o risco de não funcionar. O melhor é investir em ações onde é mais viável manter os animais", afirma. Já a Caatinga, segundo ele, precisa de investimento imediato. "Ou se faz algo agora ou é melhor esquecer", diz.

Ele cita a Serra Vermelha, no Piauí, área onde uma empresa pretende produzir carvão a partir da floresta. Uma onça já foi fotografada na área. "É o último grande pedaço de Caatinga intacto e deve mantido."
Fonte:Estadão

Rio São Francisco pode ter 2 usinas nucleares

As duas próximas usinas nucleares a serem construídas no Brasil ficarão localizadas às margens do rio São Francisco, que corta parte da região Nordeste, indicam estudos técnicos que serão levados à decisão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros responsáveis pelo programa nuclear brasileiro.

O programa nuclear prevê a construção de mais quatro usinas de 1.000 MW até 2030, duas no Nordeste e duas no Sudeste -onde os estudos estão mais atrasados. No Nordeste, a estatal Eletronuclear analisou a possibilidade de construção em 20 locais de quatro Estados: Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Mas áreas próximas ao litoral foram descartadas por causa da existência de grandes reservatórios subterrâneos de água, apurou a Folha.

A presença de aquíferos é um dos fatores que condenam a instalação de usinas nucleares, que, no entanto, precisam contar com grande oferta de água para o resfriamento do combustível usado, à base de urânio enriquecido. Outros critérios levados em conta nos estudos da Eletronuclear foram estrutura geológica estável, proximidade de linhas de transmissão de energia, baixa concentração populacional e condições adequadas de infraestrutura, como estradas. A escolha do local levará em conta as indicações técnicas e também critérios políticos. Os governadores dos quatro Estados disputam o investimento de bilhões de dólares. A decisão deverá ser tomada pelo governo federal até março, prevê o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.

A construção de usinas nucleares às margens do São Francisco já havia sido estimulada no passado pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), antes de o governo decidir erguer mais duas usinas no Nordeste até 2030. Os principais argumentos foram a disponibilidade de água e o fato de o Nordeste precisar atrair investimentos para aumentar a renda da região.

O rio São Francisco já é base da maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) bancada com dinheiro dos tributos arrecadados pela União. A transposição do São Francisco prevê o desvio de parte das águas do rio para regiões do semiárido de quatro Estados nordestinos: Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A primeira parte da obra deve ser inaugurada até o fim do ano.

Como qualquer outro empreendimento de infraestrutura, a instalação das usinas no Nordeste dependerá da emissão de licença ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Embora o governo preveja a construção das duas usinas no NE a partir de 2014, quando está prevista a inauguração de Angra 3, os estudos coordenados pela Eletronuclear são para a criação de uma central nuclear com seis usinas de 1.000 MW cada uma. As demais quatro usinas da região seriam erguidas nas décadas seguintes.

Lobby

O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), é quem faz o lobby mais aberto na disputa pelas usinas. "Alagoas tem o mais baixo índice de desenvolvimento humano do país, por isso reivindicamos com muita força esse empreendimento", disse o governador. "Todos querem, é claro." Dos quatro governadores que disputam as usinas, ele é o único de um partido da oposição ao governo federal. Marcelo Déda (PT), de Sergipe, Jaques Wagner (PT), da Bahia, e Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, já manifestaram interesse em abrigar as usinas.

Wagner e Campos defenderam a instalação das usinas na fronteira dos dois Estados, às margens do São Francisco, em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), mas a proposta enfrenta obstáculos legais. Drausio Atalla, supervisor da Presidência da Eletronuclear para Novas Usinas, calcula que as usinas de Angra dos Reis tenham sido responsáveis pelo aumento da arrecadação de impostos em cerca de R$ 500 milhões, além da criação de milhares de empregos. Para ele, a instalação de usinas nucleares poderia "alavancar o desenvolvimento" no Nordeste.

Fonte :Folha de S. Paulo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Projeto de incentivo à leitura está com inscrições abertas até março

Publicado em 20.01.2010, às 17h05
Do JC Online

O projeto de incentivo à leitura “Ler é Bom, Experimente!", voltado para escolas públicas de todo o Brasil com turmas a partir do 7º ano do ensino fundamental, está com inscrições abertas até 15 de março. Neste ano, mil unidades serão beneficiadas e receberão gratuitamente um kit com 38 exemplares do livro “Nos Bastidores do Cotidiano”, juntamente com um material didático.

As escolas devem efetuar as inscrições exclusivamente através da internet, através do site do Projetos de Leitura. O objetivo do projeto é estimular a leitura e a criação de textos, através de debates em sala de aula.

Mais informações através dos telefones (11) 2743-9491 e 2743-8400.

Cultivo do umbu gigante garante renda para agricultores familiares



A cultura do umbu vem se destacando como boa alternativa econômica para a
produção familiar do semiárido baiano. - Foto: SEAGRI JFH

A cultura do umbu vem se destacando como boa alternativa econômica para a produção familiar do semiárido baiano. Para garantir o cultivo do fruto no período da seca, a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A (EBDA), tem investido em pesquisas e assistência técnica. Atualmente, estão sendo realizadas pesquisas nos municípios de Brumado, Dom Basílio e Livramento de Nossa Senhora, beneficiando dezenas de famílias. Técnicos da EBDA têm voltado à atenção para os umbus gigantes, que são de quatro a cinco vezes maiores que os frutos tradicionais, e possuem notável potencial para cultivo comercial.
O extrativismo de umbuzeiro é uma atividade importante na geração de renda para agricultores familiares de vários locais do semiárido, e esse tipo de umbu “gigante” cultivado favorece a implantação de uma fruticultura de sequeiro, que pode ser utilizada também para reflorestar o ambiente da caatinga, enriquecendo a vegetação com uma planta nativa capaz de reduzir os efeitos da degradação da região. Aliado a isto, a atividade apresenta um custo de produção baixíssimo, e todo o processo tecnológico de preparo das mudas de qualidade e o de manejo cultural da planta podem e devem ser executados pelos agricultores familiares, após serem capacitados.
Para o diretor de Agricultura, Hugo Pereira, a Empresa tem buscado criar formas de preservação e manutenção do umbuzeiro e principalmente da caatinga, o que vem refletir nas ações de produção e distribuição de mudas de umbu gigante aos agricultores familiares do semiárido. “Nossa meta é, até o final do período chuvoso, que se estende até meados de abril, distribuir mais de 4 mil mudas da fruta produzidas pela Embrapa Semiárido e EBDA, visando ao cultivo econômico” concluiu o diretor.
O umbuzeiro é uma planta nativa e altamente adaptada a condições climáticas não muito favoráveis, e produz um fruto exótico e competitivo no mercado frutícola. Essas plantas atingem peso entre 70 e 120 gramas, bem acima da média, e com bons níveis de brix (qualidade do sabor da fruta). A EBDA possui um banco genético dessas plantas, chamado de Germoplasma, que tem por objetivo preservar a espécie e multiplicar material genético de qualidade para produção de mudas.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O Anjo Mais Velho - O Teatro Mágico

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar

Composição: Fernando Anitelli

O Vendedor de Sonhos - Augusto Cury

"Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder
Estou seguro de que sou imperfeito
Podem me chamar de louco
Podem zombar das minhas ideias
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante
Que vende sonhos para os passantes
Não tenho bússola nem agenda
Não tenho nada, mas tenho tudo
Sou apenas um caminhante
À procura de mim mesmo.
"

Poesia Matemática - Millôr Fernandes

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

Educar - Rubem Alves

Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!” - e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente...
E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria - que é a razão pela qual vivemos.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.

A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.
A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades. Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.

Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal.
Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore, ou para o curioso das simetrias das folhas.
Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.

As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem... O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo, e o mundo aparece refletido dentro da gente.

São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida. Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.



Rubem Alves – Nasceu em 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, Minas Gerais. Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista e professor emérito da Unicamp. Tem três filhos e cinco netas. Poeta, cronista do cotidiano, contador de histórias, um dos mais admirados e respeitados intelectuais do Brasil.

Ama a simplicidade
Ama a ociosidade criativa
Ama a vida, a beleza e a poesia
Ama as coisas que dão alegria
Ama a natureza e a reverência pela vida
Ama os mistérios
Ama a educação como fonte de esperança e transformação
Ama todas as pessoas,
mas tem um carinho muito especial pelos alunos e professores
Ama Deus,
mas tem sérios problemas com o que as pessoas pensam e/ou dizem a Seu respeito
Ama as crianças e os filósofos – ambos têm algo em comum:
fazer perguntas
Ama, ama, ama, ama...

"As crianças não têm idéias religiosas, mas têm experiências místicas.Experiência mística não é ver seres de um outro mundo.É ver este mundo iluminado pela beleza..."

Quem quer transpor o Rio São Francisco















... Não é ribeirinho, não ama a água e a terra em que vivemos...... Não assistiu à extinção de pirás e não viu sumir o surubim, condenado a não se reproduzir nas nascentes...... Não assistiu os vapores indo embora, sem volta...... Não sente a salinidade da água que bebemos do rio ao chover na região...... Não viu a irrigação chegar, em geral, para os mais ricos e crescer a miséria nas periferias de nossa região, cuja mão de obra é temporária em muitas culturas...... Não sente o cheiro de podre dos esgotos não tratados e nem presencia as plantas aquáticas invadirem nosso rio...... Não tem raízes aqui, não terá filhos aqui, que podem ser condenados a olharem do cais um rio morto... Mas você, que é beiradeiro, nascido ou criado, precisa agir... DIZER SIM À REVITALIZAÇÃO E NÃO À TRANSPOSIÇÃO....Antes que seja tarde demais .Profª Mary Ann março/2005

O Medo de Amar é o Medo de Ser Livre -Beto Guedes/F.Brant

O medo de amar é o medo de ser
Livre para o que der e vier
Livre para sempre estar onde o justo estiver
O medo de amar é o medo de ter
De a todo momento escolher
Com acerto e precisão a melhor direção
O sol levantou mais cedo e quis
Em nossa casa fechada entrar
Prá ficar
O medo de amar é não arriscar
Esperando que façam por nós
O que é nosso dever: recusar o poder
O sol levantou mais cedo e cegou
O medo nos olhos de quem foi ver
Tanta luz

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas - Rubem Alves

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Americanos testam método que facilita transplante de células-tronco para tratar leucemia

Médicos americanos testaram num pequeno grupo de pacientes com leucemia um transplante de cordão umbilical que, segundo eles, não trouxe risco de rejeição e foi suficiente para deter a evolução da doença. Se novos testes confirmarem os resultados obtidos agora, o método acabará com a necessidade de encontrar um doador compatível, atualmente a maior dificuldade para realizar um transplante de medula óssea.

Pessoas com leucemia e outras doenças do sangue muitas vezes têm como única esperança um transplante de medula óssea. É na medula que estão células-tronco capazes de produzir novas células do sangue saudáveis. Nesse tipo de procedimento, a medula óssea do paciente é destruída e ele recebe uma nova medula doada. O maior problema é encontrar um doador compatível para que a medula óssea transplantada não seja rejeitada pelo sistema imunológico do paciente.

Uma opção para a medula óssea doada é o uso de células-tronco extraídas de cordão $. As células de cordão não têm as características que levam à rejeição pelo sistema imunológico. E, por isso, seriam ideais. No entanto, o maior obstáculo nesse caso é que o número de células-tronco presentes no cordão é muito pequeno. E seria arriscado usar cordões diferentes.

O método usado por pesquisadores do Centro Fred Hutchinson de Pesquisa do Câncer, em Seattle, nos EUA, promete contornar esse obstáculo. Ele multiplica o número de células-tronco progenitoras de células do sangue presentes num cordão umbilical num número que torna possível o tratamento.

Num estudo publicado na edição desta semana da revista “Nature Medicine”, os cientistas disseram ter testado o transplante de células de cordão em dez pacientes com leucemia avançada, de 3 a 43 anos de idade. Sete dos dez pacientes ainda estão vivos e apresentam melhora.

Segundo os pesquisadores, as células de cordão “expandidas” em laboratório foram aceitas pelo organismo mais depressa do que no transplante de medula convencional.

Da Agência O Globo

Caatinga: Torres vão monitorar emissão de CO2 no Sertão Pernambucano




É na cidade de Araripina, numa das regiões onde há grande devastação da caatinga, e em Petrolina, numa das áreas mais preservadas do bioma, que serão instaladas as primeiras torres de monitoramento de emissão de gás carbônico no Nordeste. A previsão é de que os aparelhos estejam em funcionamento até o primeiro semestre de 2010. Os equipamentos vão permitir um monitoramento mais preciso para se conhecer o impacto do gás na região. As torres vão ser custeadas pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finepe), por meio de um projeto conjunto de dez instituições, entra as quais o Laboratório de Metereologia de Pernambuco (Lamepe) e a Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas (Rede-Clima), coordenada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A torre de Araripina será importada. Já a de Petrolina, reformada. Isso porque já existia uma na cidade, que será preparada para fazer as mesmas avaliações da nova. Cada torre custa em média R$ 300 mil (equipamentos importados). O projeto todo está orçado em aproximadamente R$ 1,5 milhão. Atualmente, o único lugar do país onde existe um equipamento semelhante é na Amazônia.
Os dados obtidos com as torres de monitoramento em Araripina serão comparados com os resultados de Petrolina, onde a caatinga não é tão degradada. "Queremos também mostrar a importância da caatinga, que absorve gás carbônico, numa região que não é tão devastada, em relação a outra deteriorada", destacou o pesquisador do Inpe, Paulo Nobre, um dos coordenadores da Rede CLIMA.
A curiosidade sobre Araripina vem do aumento significativo da temperatura da cidade. As estações de avaliação do clima do Lamepe/Itep constataram que houve um aumento de quatro graus na média histórica do lugar. "Esse é um dado assustador, pois é uma elevação muito acima da média", ressaltou Paulo Nobre. As causas, os especialistas dizem que não sabem ainda.
"Vamos ter um diagnóstico preciso sobre a emissão de gás carbônico. Vai ser a primeira vez que teremos um parâmetro bem preciso sobre o bioma da caatinga", afirmou a coordenadora do Lamepe, Francis Lacerda. Os benefícios do monitoramento vão atingir não só Pernambuco. Com os dados obtidos através dessa avaliação será possível ainda saber os impactos da devastação em outros estados da região.
Outro benefício apontado pelo Lamepe é o fato de o estado virar referência nesse tipo de captação. "Pernambuco vai ocupar uma posição de vanguarda na área de mudança climática. O estado vai ficar na linha de frente e isso certamente nos trará muitos ganhos, a exemplo de investimentos nacionais e internacionais", ressaltou Francis Lacerda.
A compra das torres depende do impasse burocrático. A proposta já foi enviada pela coordenadoria do Lamepe para o departamento jurídico do órgão. Depois, será iniciado o processo de importação do aparelho, que dura em média três meses. "A nossa expectativa é que em março as torres cheguem por aqui", afirmou Francis Lacerda.

E não é sobre a caatinga??

Não, não é só sobre a caatinga, a caatinga é meu lugar, minha vida e raizes, aqui quero escrever tudo que sentir vontade, e postar as coisas que gosto ,sem medos e censuras.

Sexo virtual ou com letrinhas...

Como alguém já falou "qualquer maneira de amor vale a pena" , acho que é válido quando existe sintonia e tenho visto que fazer sexo com letrinhas tem aumentado muito,alguns ou muitos fazem e gostam, mas poucos assumem, claro que o sexo real é muito bom, mas tanto o sexo virtual como o sexo real, tem que ter um bom parceiro, sintonia, química etc.
É um tema a ser discutido muito ainda, para tentar compreender porque tantos preferem sexo virtual... e precisamos deixar de hipocrisia...
Feliz vidaaaaaa!!!
beijos

Semi-Árido pode virar semi-deserto até 2025

O Semi-Árido brasileiro poderá passar a ser um semi-deserto até 2025, caso não haja combate ao processo de desertificação que avança nos nove estados do Nordeste, em Minas Gerais e no Espírito Santo.

A informação foi repassada ontem, durante a oficina sobre a Conferência Científica para Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, realizada no Instituto Nacional do Semi-árido (INSA). Na Paraíba cerca de 70% do semi-árido já está enfrentando esse problema.

A previsão é que este impacto nos Estados atinja mais de 36 milhões de pessoas.

“Essas populações sofreriam bastante com uma série de problemas.

Além disso, as conseqüências para o país seriam enormes, com o aumento da pobreza, migração, a diminuição da produtiva, e outros fatores, caso essas regiões se transformem em áridas, sendo na verdade um semi-deserto”, disse o representante do Ministério do Meio Ambiente, José Roberto de Lima. Ele ressaltou que essa previsão foi retirada do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.

Na Paraíba, esse processo que é de moderado a severo, já atinge cerca de 70% das terras do Cariri, Seridó e Sertão da Paraíba. “A desertificação tem se intensificado com maior rigor em nosso Estado na região do Cariri, entre as cidades de Sumé, Cabaceiras, Serra Branca, Coxixola e São João do Cariri, onde está concentrada a maior parte desse processo, devido o uso intenso da terra e o desmatamento, o que tem causando o empobrecimento da população”, revelou o professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Marx Prestes Barbosa, informando ainda que nem mesmo a vegetação nativa está conseguindo se desenvolver“.
(Fonte: Giovannia Brito / Correio da Paraíba / PB)

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Ferreira Gullar

Uma parte de mim
E todo mundo:
Outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
multidão é:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
Pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
alomoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
permanente é:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
Linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
_ Que é uma questão
de vida ou morte _
Será Arte?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Solidão















Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável. Augusto Cury

sábado, 16 de janeiro de 2010

Amar! - Florbela Espanca
















Amar! - Florbela Espanca

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...