Bug Agentes Biológicos foi considerada a 33ª empresa mais inovadora do mundo pela revista americana Fast Company. A startup brasileira vende insetos que combatem pragas em grandes plantações, como cana e soja
Ela não tem os modernos laboratórios da Apple, nem os 800 milhões de ‘clientes’ do Facebook, mas também está na lista das 50 empresas mais inovadoras do mundo, compilada pela revista americana de empreendedorismo Fast Company. Fundada há 11 anos, a empresa brasileira Bug Agentes Biológicos foi considerada mais inovadora do que gigantes conterrâneas como Embraer e Petrobras e serve de exemplo para mostrar que o cenário acadêmico do Brasil pode ser um próspero celeiro de inovação
Criada dentro dos laboratórios da Esalq — a escola de ciências agrárias e ambientais da Universidade de São Paulo, em Piracicaba —, a Bug disputa uma fatia do bilionário mercado de pesticidas no Brasil. Para tanto, aposta no controle biológico de pragas como uma alternativa segura aos agrotóxicos - e até 40% mais barata. Na ponta do lápis, o prejuízo causado pelas pragas dói no bolso do agricultor. “Se for considerado 1% da plantação infestada, a perda é de 75 reais por hectare no caso da cana-de-açúcar”, diz Heraldo Negri, um dos fundadores da Bug. O número pode parecer pequeno, mas ganha escala nas grandes plantações. Por exemplo, em uma área de 10.000 hectares, com 10% da cana infestada, o prejuízo seria de 7,5 milhões reais - cerca de 5% do valor do safra. Para evitar o prejuízo, o Brasil gasta cerca de 7 bilhões de dólares por ano com pesticidas - é o maior consumidor do gênero no mundo.
Fonte:Marco Túlio Pires, de Piracicaba - veja.abril.com.br
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