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quinta-feira, 4 de março de 2010

Poder anti-inflamatório da malva

Planta encontrada na região Sul do Brasil e usada popularmente para tratar afecções bucais tem sua ação confirmada em testes feitos com ratos na Universidade Federal do Paraná.
Poder anti-inflamatório da malva
Flor da ‘Malva sylvestris’ (foto: Joaquim Alves Gaspar/ Wikimedia Commons).
A ação anti-inflamatória da malva-silvestre (Malva sylvestris), usada popularmente para tratar afecções bucais, foi confirmada em testes feitos pela cirurgiã-dentista Alliete Loddi durante pesquisa desenvolvida no Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Paraná. Mas o mecanismo responsável pelo fenômeno ainda está sendo investigado. “Acredita-se que haja uma sinergia entre compostos presentes na planta, como flavonoides, antocianidinas, terpenoides e taninos”, enumera a pesquisadora.
Guilherme de Souza
Especial para a Ciência Hoje/PR

Pesquisa com professores encontra forte associação entre trabalho estressante e doenças vocais

Muito trabalho e pouca autonomia podem causar doenças na voz dos professores

Estresse no trabalho pode causar doença de voz em professor – Cerca de 60% dos professores da rede municipal da cidade de São Paulo têm distúrbios na voz — uma prevalência cinco vezes maior que no resto da população (1). De acordo com uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o estresse no trabalho está fortemente associado com essas doenças e elas aumentam de 6 a 9,5 vezes as chances de o professor tornar-se incapaz para o trabalho.

A fonoaudióloga Susana Giannini avaliou 167 professores de ensino infantil, fundamental e médio com distúrbios de voz na cidade de São Paulo. Ela comparou-os com 105 colegas saudáveis, provenientes das mesmas escolas. Depois, Susana analisou os grupos com duas escalas:uma media o nível de estresse no trabalho e outra, a capacidade para o trabalho.

A pesquisadora encontrou uma associação estatística entre ter distúrbios vocais e estresse provocado pela organização do trabalho — indício de que o estresse pode ser uma causa dos distúrbios vocais. O estresse era medido pelos níveis de excesso de trabalho e falta de autonomia sobre o trabalho dos professores.

Cerca de 70% daqueles que tinham problemas vocais apresentaram excesso de trabalho, mostrando que a pressão para realizá-lo era média ou alta. Já nos professores saudáveis a porcentagem era de 54,4%.
Os professores com distúrbios de voz também tiveram menor autonomia para realizar seu trabalho. Cerca de 73% dos professores com distúrbio de voz mostraram ter pouca ou média autonomia sobre o trabalho. Já nos professores sem alteração vocal, a porcentagem é de 62,1%.

“A condição de estresse é de alto desgaste”, explica Susana. Nesse nível, o professor perde a possibilidade de criar e intervir no trabalho. Ele tem muitas tarefas para desempenhar e não consegue criar soluções para os problemas que aparecem.

Incapacidade
A pesquisa analisou os professores com um índice que media a capacidade de um trabalhador desempenhar suas tarefas em função do seu estado de saúde, capacidades físicas e mentais, e exigências do trabalho. O resultado foi que professores com distúrbio vocal tem chances de 6 a 9,5 vezes maiores de não ter condições de executar o trabalho antes de chegar à aposentadoria.

“Com o adoecimento da voz, o professor se aposenta mais cedo ou precisa sair da sala de aula, vai pra secretaria fazer trabalho burocrático. É como se o distúrbio interrompesse sua carreira precocemente. E isso reduz a satisfação com o trabalho”.

De acordo com a pesquisa, as novas políticas do governo para inclusão de alunos aumentaram a carga de trabalho dos professores, que passam a ter de ensinar alunos com níveis de conhecimento diferentes. As salas de aula também aumentaram de número e os estudantes passam mais tempo na escola. “No entanto, não aumenta a estrutura das escolas”, diz a pesquisadora. “O professor tem de dar conta sozinho de mais trabalho. Aumenta a pressão e o volume do trabalho, que vai invadindo o espaço familiar e social. O professor não dá conta de transmitir o conteúdo planejado”.

Na opinião de Suzana, o estudo pode ajudar a rever as regras da previdência social, que não reconhecem perda da voz do professor como doença relacionada ao trabalho. “A pesquisa levanta que o professor pode adoecer e ser incapacitado de trabalhar em sua função quando relaciona muito trabalho com pouca autonomia”, indica a fonoaudióloga. “Se for compreendido que isso é causado pelo trabalho, eu tenho que ter políticas públicas que reconheçam esse nexo causal. Se alguma lei compreender que o disturbio de voz está relacionado ao trabalho, o professor deixa de arcar sozinho com a doença que adquiriu”.

(1) Fonte: “Condições de produção vocal de professores da rede do município de São Paulo” – Revista dos Distúrbios da Comunicação.

Reportagem de Nilbberth Silva, da Agência USP de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 04/03/2010

Ibama realiza combate a produção irregular de carvão em Petrolina

O Ibama realizou uma operação na manhã da última quarta-feira (3) para combater o desmatamento da caatinga em Petrolina. Ao todo, 50 fornos irregulares de produção e 500 sacas de carvão foram apreendidos. Duas pessoas que trabalhavam como intermediárias na compra do carvão ilegal foram detidas.

Segundo o chefe da fiscalização do Ibama em Pernambuco, Leslie Tavares, a lenha da caatinga é retirada de forma irregular sem qualquer critério ou autorização. Devido a esse procedimento, três áreas desmatadas, que juntas somam 60 hectares, foram encontradas.

Atualmente 45% do bioma da caatinga no Brasil foi desmatado. Em Pernambuco, os municípios de Serra Talhada e São José do Belmonte, no Sertão do Estado, são os que sofrem as maiores consequências por serem os centros de produção de Carvão.

(foto ilustrativa)
Fonte: Blog do Carlos Britto

Soja é mais um alimento aliado na prevenção do câncer

Uma pesquisa realizada com 1600 mulheres americanas mostrou que comer soja regularmente na infância pode reduzir os riscos de câncer de mama na fase adulta.

A análise reforça estudos já publicados que mostram que o consumo de soja desde cedo, considerado um alimento funcional, reduz as chances do aparecimento da doença. Nesse caso, as mulheres que comeram soja pelo menos uma vez na semana tiveram 60% menos chances de desenvolver o câncer.

Várias pesquisas já foram realizadas sobre os possíveis efeitos da soja na prevenção de alguns tipos de câncer. Outro exemplo é um estudo realizado no Japão e na China, países cujas populações utilizam regularmente a soja em sua dieta alimentar. Observou-se que nessa população há reduzidos índices de doenças coronárias, de câncer de mama e de próstata, quando comparados aos dos países onde a soja é pouco utilizada na alimentação humana.

Para introduzir os benefícios da soja na sua alimentação, basta comer uma fatia de queijo (tofu), 1 copo de leite de soja ou duas colheres de soja. Há também a opção de comprar sucos à base dessa leguminosa. Fique atento à quantidade de proteína escrita no rótulo, que tem de ser maior de três gramas por copo.

É importante não substituir completamente a soja pelos derivados do leite, pois ela não possui alguns nutrientes essenciais encontrados nesses alimentos.

A eficácia da soja na prevenção e no tratamento do câncer depende do tipo de câncer, do agente causal e da fase de desenvolvimento da doença. Além disso, é possível haver variações na eficácia da resposta, em função das características do paciente.

Fonte: Saúde Plena

retirado do site Chácara de Orgânicos