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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Epidemia de “globesidade”

Epidemia de “globesidade”

Mary Schmidl, da Universidade de Minnesota, identifica culpados pelo crescimento da população obesa no mundo e aponta soluções (divulgação)

Por Fábio Reynol

Agência FAPESP – Estima-se que um quinto da população mundial esteja com excesso de peso. Entre esses, há 300 milhões que são considerados obesos. Pior: esses números têm aumentado nas últimas décadas.

Essas informações abriram a palestra “Atualização da epidemia global de obesidade”, proferida pela professora Mary Schmidl, do Departamento de Nutrição e Ciência dos Alimentos da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. A apresentação fez parte da programação do 8º Simpósio Latino-Americano de Ciências de Alimentos, realizado no mês passado na Universidade Estadual de Campinas.

A pesquisadora levantou eventuais motivos para explicar o crescimento da epidemia em todo o mundo e quem seriam os responsáveis. “Inicialmente considerada um mal de países desenvolvidos, hoje a obesidade tem sido encontrada também nas nações em desenvolvimento, paradoxalmente ao lado da subnutrição”, disse.

“É uma doença que está em todas as faixas etárias, grupos éticos e classes sociais. Ela também atinge tanto homens como mulheres. Essa espécie de onipresença motivou a criação do termo ‘globesidade’ (globesity, em inglês)”, contou.

Segundo Mary não há um vilão único para a epidemia. A escalada da obesidade teria muitos responsáveis, como a indústria alimentícia, políticas públicas, escolas, restaurantes, comunidades, pais e os próprios indivíduos.

A pesquisadora apontou exemplos. A indústria e os comerciantes de alimentos estariam habituando os consumidores a porções cada vez maiores. Garrafas de refrigerante, hambúrgueres, pacotes de salgadinhos, caixas de cereais, entre outros produtos industrializados, têm aumentado de tamanho nos Estados Unidos desde a década de 1970.

O mesmo ocorreu com os restaurantes. “A porção recomendada de batatas fritas por pessoa é de cerca de seis unidades (palito) por dia e a porção que estamos servindo é essa”, disse ao apontar a foto de um prato com cerca de 500 gramas de fritas, comum nos restaurantes norte-americanos.

Os países em desenvolvimento, como o Brasil, não ficam de fora. Segundo a professora da Universidade de Minnesota, os países emergentes representam os mercados mais promissores para as indústrias de refrigerantes, por exemplo, cujas vendas se encontram estabilizadas nos países mais ricos.

Os governos também têm a sua parte de culpa. As políticas públicas teriam muito ainda a avançar. Uma ideia é sobretaxar alimentos menos saudáveis e estimular o consumo de vegetais. “Se o governo estipulasse um imposto de US$ 0,01 para cada onça (28,3 gramas) de refrigerante vendido, só na cidade de Nova York seriam arrecadados US$ 1,2 bilhão por ano”, disse.

A pesquisadora também coloca parte da responsabilidade nos próprios consumidores. Segundo ela, cada um teria que ter um compromisso com a sua saúde, não só procurando melhorar a qualidade e adequar a quantidade dos alimentos consumidos como também criar hábitos de fazer exercícios físicos.

“Precisamos dar cerca de 10 mil passos por dia. Parece muito, mas não é”, disse. Pelos mesmos motivos, as comunidades também são culpadas pelo sobrepeso de seus integrantes. Bairros, clubes, igrejas e outras associações deveriam estimular a prática de exercícios físicos de modo a auxiliar na criação de uma cultura saudável.

Os resultados das pesquisas feitas pela cientista também sugerem outras soluções, como fazer campanhas focadas nas crianças, que têm alto grau de influência sobre os pais.

Mary também propõe a rotulagem de alimentos explicitando a sua caloria e composição nutricional (o que já ocorre no Brasil) e a proibição das máquinas automáticas de guloseimas, que são mais comuns nos Estados Unidos. Para ela, essas máquinas deveriam vender somente água mineral, um produto cujo consumo, segundo ela, deveria ser mais incentivado de maneira geral.
Fonte:Agência FAPESP

Cochilo estimula aprendizagem

Cochilo estimula aprendizagem

Tirar uma soneca no meio do dia pode promover a capacidade de aprendizagem do cérebro, aponta estudo apresentado na reunião anual da American Association of the Advancement of Science (reprod.: G.Colbert)



Agência FAPESP – Espanhóis, mexicanos e habitantes de diversos outros países costumam tirar uma boa “siesta” logo após o almoço. Mas o hábito não ajuda apenas a descansar e a fugir do calor do meio do dia. Cochilar também estimula a aprendizagem, segundo indica um novo estudo.

A pesquisa, feita por cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, foi apresentada neste domingo (21/2) na reunião anual da American Association of the Advancement of Science (AAAS), em San Diego, nos Estados Unidos.

De acordo com o trabalho, uma hora de cochilo durante o dia é capaz de restaurar e até mesmo de ampliar os processos cognitivos. Por outro lado, quanto mais horas um indivíduo permanecer acordado, mais “preguiçoso” se torna o seu cérebro – perder uma noite de sono derrubaria a capacidade de armazenar novas informações em cerca de 40%.

“O sono não apenas corrige os prejuízos decorrentes de longos períodos de privação do sono, mas, em nível neurocognitivo, leva a aprendizagem para além de onde estava antes da soneca”, disse Matthew Walker, um dos autores da pesquisa.

Os pesquisadores examinaram 39 adultos jovens, divididos em dois grupos, um dos quais cochilava à tarde. Ao meio dia, todos os participantes foram submetidos a rigorosos exercícios de aprendizagem com o objetivo de estimular o hipocampo, região do cérebro que atua no armazenamento de memórias. Os resultados dos dois grupos foram equivalentes.

Às 14h, o primeiro grupo começou um período de sono médio de 90 minutos, enquanto o outro permaneceu acordado. Às 18h, os dois grupos foram submetidos a nova rodada de exercícios. O grupo que ficou desperto teve rendimento pior em relação à rodada anterior, enquanto que aqueles que cochilaram não apenas foram melhor como apresentaram ganhos na capacidade de aprendizagem.

Segundo os pesquisadores, os resultados reforçam a hipótese de que o sono é necessário para “limpar” a memória de curto prazo, de modo a liberar espaço para novas informações. De acordo com o estudo, tais memórias são armazenadas inicialmente no hipocampo antes de serem enviadas ao córtex pré-frontal, que tem mais espaço de armazenamento.

“É como se a caixa de entrada de e-mails estivesse cheia e, até que seja limpa, por meio do sono, não será possível receber mais mensagens”, disse Walker.

Segundo os autores do estudo, esse processo de atualização ocorre na fase 2 do sono não REM (sigla para “movimentos oculares rápidos”), que se encontra entre o sono profundo (não REM) e o estado em que os sonhos ocorrem (REM).

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley pretendem investigar se a redução de sono experimentada à medida que as pessoas envelhecem está relacionada à diminuição na capacidade de aprendizagem com a idade.
Fonte:Agência FAPESP

Mosca Negra: Governo amplia ações para erradicar a praga

O Governo do Estado redobrou a atenção contra a mosca negra dos citros. A Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), dentro do calendário de ações de controle biológico da praga, vai realizar dias de campo para conscientização de combate nos municípios que tiveram fruteiras infectadas. Serão destinados a agricultores, lideranças políticas, secretários municipais de agricultura e prefeitos. As primeiras reuniões já agendadas acontecem no próximo dia 22, no município de Matinhas; no dia 24, em Lagoa Seca; e, no dia 26, no município de Esperança.

Segundo o secretário do Desenvolvimento Agropecuário, Ruy Bezerra Cavalcante Júnior, o Governo do Estado está adotando várias medidas e ações para proteger as áreas de produção e combater a praga. A Sedap, através da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater), está disponibilizando 36 engenheiros agrônomos do seu quadro técnico para atuar no combate à mosca negra dos citros nos 15 municípios atingidos pela praga.

Os agronômos participaram do 1º Curso de Certificação Fitossanitária de Origem e a Certificação Fitossanitária de Origem Consolidado (CFO/CFOC) – Pragas Quarentenárias da Citricultura, realizado Sedap, esta semana, em Lagoa Seca.

Com o curso, os engenheiros estão habilitados a obter a Certificação Fitossanitária de Origem (CFO/CFOC) de vegetais hospedeiros da Praga Quarentenária A2: Aleurocanthus woglumi (mosca negra dos citros), além de prescrever receituários agronômicos para a aplicação de defensivos.

O secretário Ruy Bezerra alertou que para o transporte é obrigatório a emissão da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), fundamentada no CFO/CFOC, com declaração adicional que a carga está livre da mosca negra dos citros, sob a responsabilidade de um engenheiro agrônomo habilitado pela Defesa Vegetal. Ele lembrou que, ao suspeitar de ataque da mosca negra dos citros, o agricultor deverá se comunicar urgentemente com a Sedap, pelos telefones (83) 3214-5492 ou (83) 3214-5498; ou através da Superintendência Federal da Agricultura (SFA/PB), pelo telefone (83) 3216-6300.

Histórico

A mosca negra teve origem nos países asiáticos e, aos poucos, foi se espalhando pelo Mundo. No Brasil, foi encontrada em julho de 2001, na região metropolitana de Belém, no Estado do Pará. Hoje se encontra nos Estados do Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Tocantins, São Paulo e Goiás.

Ela age sugando as folhas das plantas, extraindo grande quantidade de seiva. Excreta uma substância açucarada na qual se desenvolve um fungo chamado de Fumagina. O fungo reduz a respiração e fotossíntese da planta que gera a redução dos frutos. A disseminação da praga é rápida e ocorre principalmente por meio de folhas infestadas, carregadas pelos ventos, chuvas e seres humanos.

O inseto pode ser encontrado durante todo o ano, entretanto a sua reprodução é baixa nos meses mais frios. Os ovos são depositados em espiral sobre as folhas, em grupos de 35 a 50. A eclosão se dá em 4 a 12 dias, dependendo do clima. As fêmeas podem gerar 100 ovos durante a vida. O controle biológico é um dos meios mais eficientes no combate da mosca negra. Os parasitóides Prospaltella spp. e Amitus hesperidum têm controlado eficientemente à praga.

Editoração: Roberto dos Santos

Fonte:Governo do Estado da Paraiba


Garrafas PET transformadas em produtos




A partir da coleta seletiva de recicláveis, materiais que antes iriam entupir bueiros, poluir rios ou sobrecarregar aterros são comprados por indústrias de beneficiamento e transformados em matéria-prima para produção de diversos novos produtos.

É o caso, por exemplo, das garrafas de PET (um tipo de resina plástica ), utilizadas para armazenar refrigerante, produtos de limpeza e cosméticos. O material é um dos mais versáteis da indústria de recicláveis e, após tratamento, pode ser usado até na produção de roupas e materiais de construção.

Para Roberto Souza, presidente da Bahia Pet, indústria que atua no ramo da reciclagem desde 2002, a atividade está em amplo crescimento. "A gente sente que o produto sustentável está ganhando espaço. Se antes era tratado como subproduto, hoje já sinto que começa a se estabelecer na cadeia industrial", comenta. Atualmente, 150 profissionais atuam na fábrica. Em março, a previsão é de contratação de mais 50 empregados.

Críticas - Apesar da defesa, muitos especialistas questionam a vantagem ambiental do reaproveitamento do material reciclável nas indústrias. Para o professor do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal da Bahia, José Fiúza, o consumidor deveria dar preferência a produtos retornáveis.

"O investimento principal tem que ser para incentivar a população a reduzir o consumo, reutilizar e reaproveitar os produtos ao máximo possível. Por exemplo, a garrafa PET é muito usada na reciclagem. Mas o ideal seria o uso de garrafas de vidros, aproveitando o potencial do material diversas vezes", diz.

Fonte: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1363085

retirado do site http://www.sanvale.com/blog/mercado-ambiental/garrafas-pet-transformadas-em-produtos.html