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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Riqueza biodiversa

Riqueza biodiversa

Especialistas destacam importância dos produtos naturais na obtenção de novos medicamentos. Brasil é rica biblioteca de moléculas para esse desenvolvimento (Imperial College)

Por Fábio Reynol

Agência FAPESP – Os produtos naturais foram fonte de cerca de metade dos compostos químicos descobertos entre 1981 e 2002. Nesse contexto, ao abrigar cerca 20% da biodiversidade mundial, o Brasil está em uma posição privilegiada como fornecedor de novos químicos, de acordo com especialistas presentes no Workshop Internacional Biota-FAPESP sobre Metabolômica no Contexto da Biologia de Sistemas, que termina nesta quarta-feira (26/2), na sede da FAPESP.

Segundo Emerson Ferreira Queiroz, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Aché, a indústria farmacêutica tem reconhecido e valorizado cada vez mais a natureza como fonte de novas moléculas. Entre vários exemplos, citou a rapamicina, molécula obtida de uma bactéria encontrada na Ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico.

O medicamento é utilizado como imunossupressor, prevenindo a rejeição de órgãos transplantados, especialmente os rins. “O nome do princípio ativo foi dado em homenagem à ilha, que era chamada por seus nativos de Rapanui”, disse.

Do mesmo modo, foi a partir da saliva do lagarto venenoso conhecido como Monstro de Gila (Heloderma suspectum) que surgiu um medicamento para o tratamento da diabetes tipo 2. E, a partir de um molusco marinho Conus magus, foi desenvolvido o ziconotida, um poderoso analgésico empregado para tratar dores crônicas.

Adriano Andricopulo, coordenador do Laboratório de Química Medicinal e Computacional do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo, outro palestrante no primeiro dia do workshop, concordou com o imenso potencial natural.

“Com a grande diversidade biológica de nosso planeta, particularmente no Brasil, temos uma importante oportunidade para descobrir compostos que levem ao desenvolvimento de novos medicamentos para prevenir doenças e distúrbios que afetam o homem”, disse.

Queiroz ressaltou a importância da Amazônia, mas afirmou que o país deveria prestar mais atenção em outros biomas. “O Brasil tem muito mais do que a região amazônica. Há o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga, a Mata Atlântica e os Pampas. Todos fontes inexploradas de moléculas para a indústria de medicamentos”, disse.

Queiroz ressaltou que o desenvolvimento científico e tecnológico no setor farmacêutico evoluiu muito nos últimos anos, o que tem facilitado o desenvolvimento de novos medicamentos.

“Hoje, já podemos criar estruturas aplicáveis a partir de 1 micrograma de uma substância descoberta. Quando comecei a carreira, eram necessários no mínimo 20 microgramas e, na época do meu pai, não dava para fazer uma estrutura com menos de 70 miligramas de material”, comparou.

Andricopulo destacou que a mudança promovida na pesquisa de medicamentos da abordagem tradicional para uma baseada na genômica e na proteômica tem transformado estratégias fundamentais de pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica.

“A descoberta de drogas é um processo altamente complexo e caro, que demanda esforços integrados em diversos aspectos relavantes envolvendo inovação, conhecimento, tecnologias, pesquisa e desenvolvimento e gerenciamento”, disse.

“Duas questões importantes para o desenvolvimento de medicamentos a partir de produtos naturais são a localização de alvos moleculares apropriados e a seleção de moduladores de pequenas moléculas, que vão fazer a ligação da proteína com seu alvo. Há uma conexão clara entre biologia e química medicinal”, ressaltou.
Fonte:Agência FAPESP

Reforma beneficia piscicultores no norte da Bahia

Reforma beneficia piscicultores no norte da Bahia

Piscicultores do município de Sobradinho, no norte da Bahia, receberam na última quarta-feira(10) uma equipe de técnicos da Superintendência Regional da Codevasf em Juazeiro para entrega simbólica das obras de reforma do galpão de estocagem de ração, que faz parte do projeto de criação de Tilápias em tanques-rede, incluído no Programa de Estruturação e Dinamização de Arranjos Produtivos Locais de Piscicultura, iniciado no ano de 2005. Foram investidos cerca de R$ 29,8 mil na reestruturação do depósito, sala de apoio, banheiro e lavatório.

Durante o encontro o presidente da Associação dos Criadores de Peixes de Sobradinho (ACRIPEIXESS), Sílvio Santana de Alcântara, agradeceu a iniciativa da superintendente regional da Codevasf em Juazeiro, Ana Angélica Almeida Lima, e ressaltou a importância dessa parceria, que muito tem beneficiado os piscicultores no município da barragem. “Nós procuramos a Codevasf e falamos das nossas dificuldades, e em menos de 2 meses ela atendeu nosso pedido. No início, há cinco anos, ela nos forneceu 60 tanques, peixes e ração. Passado o tempo, hoje, com recursos próprios, compramos mais 40 tanques e ainda construímos uma casa de apoio para nosso trabalho”, afirmou o presidente.

A associação conta com 11 sócios e produziu, em 2009, cerca de 48 toneladas de peixe, vendidas principalmente para a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) para atender entidades do município como a APAE, Pastoral da Criança, creches e asilos. O restante da produção foi vendido para o estado do Ceará.

Para 2010, a ACRIPEIXESS estima uma produção de 96 toneladas de pescado. Desse total, 27 toneladas ficarão em Sobradinho e o restante (69 mil toneladas) deverá ser vendido também para o Ceará.

No final do encontro entre piscicultores, Codevasf e representantes da comunidade de Sobradinho, a superintendente Ana Angélica parabenizou a associação pelos resultados e reafirmou o compromisso da Companhia com o desenvolvimento regional.

Fonte: Codevasf

Não devemos comer frutas com o estomâgo vazio

Nutricionista alerta que a ingestão de frutas não deve ser feita com o estômago vazio, ao contrário do que dizem. "A fruta gasta mais energia para ser digerida que um sorvete, mesmo tendo valor calórico igual" declara especialista em nutrição Dra. Fernanda Michelazzo

Profa. Dra. em Nutrição pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo e ministrando vários cursos dentro da'Ciência da Nutrição', a Dra. Fernanda Michelazzo esclarece:
Foi com muita preocupação que tomei conhecimento de e-mail circulando na Internet, recomendando a ingestão de frutas somente com o estômago vazio, o qual deve ter sido formatado provavelmente por médicos especialistas em Nutrologia (é preciso apenas um final de semana para receber este título).
Nutricionista seria o profissional mais indicado para discorrer sobre FRUTAS e talvez não cometesse o erro de falar tantas bobagens, informações descabidas e sem respaldo científico:
1) A FRUTA gasta mais energia para ser digerida que um SORVETE, mesmo tendo valor calórico igual. POR EXEMPLO: uma maçã e uma bola pequena de sorvete de frutas: ambos tem em torno de 50 calorias, porém, o SALDO CALÓRICO DA MAÇÃ É MENOR, porque gasta muito mais para ser digerida e não é totalmente absorvida por causa da PECTINA, ao passo que o sorvete facilmente passa pelo estômago e logo é 100% absorvido. Portanto, A MAÇÃ ENGORDA MENOS QUE O SORVETE, mesmo contendo as mesmas 50 calorias, JUSTAMENTE POR GASTAR MAIS ENERGIA NA DIGESTÃO, além de conter vitaminas e minerais (graças a Deus!!! e ao seu conteúdo de PECTINA e outras FIBRAS que RETARDAM o esvaziamento do estômago, permitindo assim que os diabéticos possam comê-las sem que haja um aumento na glicemia - teor de açúcar no sangue).
2) A FRUTOSE NÃO SE TRANSFORMA RAPIDAMENTE EM GLICOSE. SE ASSIM FOSSE, OS DIABÉTICOS ESTARIAM PROIBIDOS DE COMER FRUTAS. Além do mais, a Frutose que é o açúcar das frutas é absorvida mais lentamente que a Glicose, e não precisa de insulina para ser metabolizada. Ela é considerada um monossacarídeo (açúcar simples) que também alimenta o cérebro SEM PRECISAR SER CONVERTIDA.
3) É NEGLIGENTE AFIRMAR QUE A FRUTA NÃO PODE SER CONSUMIDA APÓS O ALMOÇO: MENTIRA. A melhor absorção do Ferro se faz através da Vitamina C, ou seja, para evitar uma ANEMIA, é preciso comer FRUTAS CÍTRICAS APÓS O ALMOÇO (que geralmente é a refeição com maior conteúdo de Ferro) - para que ele possa ser absorvido.
4) As FRUTAS NÃO passam rapidamente pelo estômago, AO CONTRÁRIO.
Justamente pelo seu teor de FIBRAS, elas demoram mais no estômago, especialmente quando ingeridas com CASCA, BAGAÇO E SEMENTES, o que é super positivo para as PESSOAS QUE PRECISAM EMAGRECER. JÁ ESTÁ COMPROVADO CIENTIFICAMENTE QUE POR CONTA DISTO, AS FRUTAS PROMOVEM MAIOR SACIEDADE E SÃO EXCELENTES COADJUVANTES NO EMAGRECIMENTO.
5) O intestino delgado APENAS finaliza a digestão de partículas MUITO pequenas de alimentos. É o estômago o grande responsável pela digestão de TODOS OS ALIMENTOS. Pelo amor de Deus, isso é FISIOLOGIA BÁSICA!!!
6) AS FRUTAS NÃO FICAM PRESAS NAS BATATAS OU CARNES (O que é isso???). No estômago ocorre a mistura dos alimentos formando o BOLO ALIMENTAR, onde não se distingue mais o que é fruta ou carne ou batata. E SIM O QUE É CARBOIDRATO, PROTEÍNA, GORDURA E FIBRA. E é justamente O TEOR DE FIBRA deste BOLO ALIMENTAR que irá determinar a liberação do 'açúcar' ou da gordura.
QUANTO MAIS FIBRA TIVER, OU SEJA, SE A FRUTA FOR COMIDA JUNTAMENTE OU LOGO APÓS AS BATATAS OU CARNES ELA IMPEDIRÁ QUE O EXCESSO DE GORDURA OU DE CARBOIDRATO SEJA ABSORVIDO. Por isso a recomendação DOS ÓRGÃOS INTERNACIONAIS de que AS REFEIÇÕES DEVEM CONTER PELO MENOS UMA FRUTA.
7) É DESEJÁVEL que haja fermentação das Fibras no intestino grosso (para que as bactérias benéficas produzam substâncias que irão proteger o coração), ou seja, para não haver fermentação de açúcar, é necessário comer FIBRAS. Elas diminuem o risco de câncer e várias outras doenças de alergia no Intestino. AS FIBRAS SÃO ENCONTRADAS EM VÁRIOS ALIMENTOS , NÃO SÓ EM FRUTAS: VEGETAIS, CEREAIS INTEGRAIS, POR EXEMPLO.
8) Nem todas as Frutas podem ser comidas em jejum. Depende muito de cada caso. É ERRADO GENERALIZAR. Se o paciente sofrer de gastrite ou úlcera ou tiver hérnia de hiato ou diverticulite ou síndrome do intestino curto NÃO PODERÁ COMER FRUTA EM JEJUM, principalmente as mais ácidas, como abacaxi, maracujá, acerola, manga.
9) Estimular a compra de uma centrífuga também não é conveniente. É UM PRODUTO CARÍSSIMO e nem todos tem acesso. Além do mais, O SUCO AUMENTA MUITO MAIS A GLICEMIA DO QUE A FRUTA, NÃO SENDO RECOMENDADO À VONTADE PARA DIABÉTICOS, OBESOS, CARDÍACOS, NEM PARA PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA.
Mais uma vez, NÃO PODEMOS GENERALIZAR. CADA CASO É UM CASO!!!
O Dr.William Castillo, realmente declarou que fruta é o melhor alimento e
protege contra doenças do coração. MAS JAMAIS ELE DISSE QUE ELA DEVERIA
SER CENTRIFUGADA OU COMIDA EM JEJUM, OU AINDA FALOU CONCEITOS ERRADOS DE FISIOLOGIA DA NUTRIÇÃO!!!
10) Café e pão branco com manteiga NÃO LEVAM O DIA INTEIRO PARA SEREM DIGERIDOS E NÃO SÃO 'LIXOS'. Os trabalhos científicos revelam que esta composição de refeição pode levar em torno de 2 horas para ser digerido, deixar o estômago, ser absorvidos no intestino e chegar no sangue. É UMA BOA FONTE DE ENERGIA PARA PESSOAS COM BAIXA CONDIÇÃO FINANCEIRA, por exemplo. O QUE NÃO ANULA A IMPORTÂNCIA DOS PÃES INTEGRAIS E O ACRÉSCIMO DE FRUTAS NOCAFÉ DA MANHÃ.
11) É difícil manter um cardápio só de Frutas. Haja vista porque a 'Dieta do abacaxi' (e de outras frutas) fracassou!!! Os chineses e os japoneses têm hábitos alimentares saudáveis, comem alimentos funcionais e praticam Atividade Física. Tem baixos índices de doenças do coração, mas por conta do uso dos chás quentes, são a população com maior índice de câncer de esôfago e estômago. Cada vez mais os cientistas do mundo inteiro, inclusive os do Brasil, descobrem os benefícios dos diferentes chás da natureza. MAS CUIDADO COM TEMPERATURAS EXTREMAS, ELAS PODEM DAR CÂNCER.
Bebidas geladas NÃO SOLIDIFICAM A GORDURA!!! Mais uma vez FISIOLOGIA BÁSICA: o estômago tem a função de igualar a temperatura dos alimentos e formar o bolo alimentar. Tanto faz a temperatura, pois o estômago vai fazer este papel. É bem verdade que alimentos mais mornos do que frios FACILITAM A DIGESTÃO.
Profa. Dra. Fernanda Beraldo Michelazzo


Autor : Profa. Dra. Fernanda Beraldo Michelazzo
Créditos : Luiz Affonso
Fonte : Universo da Mulher

Alcoolismo e Uso de Drogas: Pior Para Quem Tem Diabetes

Quem tem diabetes pode beber? Quais são os riscos do abuso do álcool para quem apresenta intolerância à glicose?

O diretor da Coordenadoria de Atenção às Drogas da Cidade de São Paulo e autor do livro Drogas no Ambiente de Trabalho, Luiz Alberto Chaves de Oliveira (o Dr. Laco), esclarece essas e outras dúvidas sobre alcoolismo e diabetes.

Primeiramente, é necessário distinguir os três níveis de uso de bebidas alcoólicas. Existe o uso que não traz consequências danosas à saúde física ou emocional da pessoa; o uso que já se torna nocivo à saúde e, finalmente, o uso em nível de dependência.

Limite
Além e observar os níveis, é preciso considerar a medida aconselhada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A entidade recomenda a ingestão máxima de 1 a 2 unidades (doses) em um dia para o homem, e de 1 unidade (dose) para a mulher. Para ambos, a recomendação é de beber não mais que três vezes por semana. Cada unidade equivale a duas latas de cerveja (330 ml), a duas doses de destilados ou a duas taças de vinho.

O Dr. Laco esclarece que, para o paciente com diabetes, esse limite deve ser ainda inferior. “Mesmo em pequenas quantidades, o uso pode ser considerado nocivo para pessoas com diabetes, grávidas, menores de 18 anos ou condutores de veículos. Para esses grupos, a quantidade consumida deve ser ainda menor”, afirma o pediatra.

Competição
O álcool interfere na metabolização da glicose. O fígado percebe que está consumindo uma substância que deve ser rapidamente metabolizada. Começa, então, uma competição em toda a função hepática. A metabolização da glicose fica “para trás”. Por isso, o seu uso é tão perigoso para quem tem diabetes.

Segundo o Dr. Laco, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas é tão nociva para o organismo, que muita vezes colabora com o aparecimento do diabetes tipo 2.

Riscos e Complicações
Para quem já teve o diagnóstico de diabetes, o risco de sofrer complicações aumenta por causa do consumo frequente de bebidas alcoólicas.

“O alcoolista é geralmente um hipertenso. A bebida baixa a pressão em um primeiro momento, mas depois tende a voltar um pouco acima do nível normal” – explica.

A possibilidade de desenvolver neuropatia e catarata também é maior por conta das variações vaso-motoras e metabólicas, causadas pelo uso excessivo do álcool, alerta o especialista. Outro risco que cresce bastante é o de acidente vascular, o qual fica até três vezes maior do que o normal


Desidratação
Para quem tem diabetes, o outro risco é o de sofrer desidratação.

“O álcool é inibidor do hormônio anti-diurético. A pessoa urina muito porque a produção desse hormônio diminui. Por isso é que, na ressaca, acontece uma sede fenomenal, já que o líquido foi perdido em excesso No entanto, quem bebe cerveja pensa que está se ‘hidratando’. Tal desidratação é ainda mais grave para quem tem diabetes”, esclarece.

Prevenção
O especialista lembra que informar sobre os riscos do consumo de álcool e drogas é apenas o começo. Existem vários meios de prevenção, como as normas e os exemplos.

O médico alerta que, no Brasil, há várias normas que não são obedecidas, como proibição de venda de bebida alcoólica a menores. Os dados mostram que, se o jovem começa bebendo aos 15 anos, o risco de desenvolver dependência alcoólica é quatro vezes maior em relação a quem começa aos 21 anos.

“Fizemos uma experiência em São Paulo e constatamos que a imensa maioria dos bares vende a menores” – revela.

A família e as escolas são importantes no trabalho de prevenção. Nesses espaços, o uso deve ser desestimulado. O especialista defende a capacitação das redes pública e privada da educação, e também dos agentes de saúde, de modo que possam dar uma orientação precoce aos jovens.

“Para a pessoa com diabetes, mesmo em pequenas doses, o álcool é perigoso. Em todo caso, o melhor é não beber” – aconselha.

Efeitos das Drogas
O uso de drogas é prejudicial a todos, mas os efeitos sobre o metabolismo tornam-se ainda mais intensos em quem já sofre algum tipo de distúrbio metabólico, como o diabetes.
Veja os efeitos nocivos que as drogas podem causar ao organismo:

Cocaína: a droga que mais provoca infarto do miocárdio em jovens. Se esse jovem tem diabetes, o risco de infarto é ainda maior.

Crack: trata-se de uma forma de uso de cocaína que provoca dependência muito mais rápida. Basta que se utilize durante uma semana para se correr o risco de adquirir uma intensa dependência.

Maconha: um dos caminhos mais usados para se chegar a outras drogas ilícitas. Pode comprometer a concentração, a memória e o raciocínio. Influencia a sexualidade e a fertilidade, pois interfere na produção de hormônios, sobretudo de testosterona.

Medicamentos: Tranqüilizantes, estimulantes ou drogas usadas para emagrecer como anfetaminas criam dependências severas e de difícil tratamento. As mulheres consomem mais esse tipo de medicamento do que os homens.

Autor: Cintia Salomão Castro
Fonte: ADJ

Mais de quatro toneladas de pescado apreendidas em Petrolina

Mais de quatro toneladas de peixe foram apreendidas na tarde desta quinta-feira (25), no Centro de Abastecimento de Petrolina (Ceape). A operação realizada pelo Ibama em parceria com a Companhia Especializada em Proteção Ambiental tem o objetivo de coibir o comércio ilegal de peixe durante a piracema.

Entre as espécies recolhidas estavam Cari, Curimatã e Surubi. O dono do estabelecimento não tem registro no Ministério da Pesca como também o cadastro técnico federal junto ao Ibama, registros necessários para a realização do comércio e armazenamento de pescado.

O Ibama autuou em mais de R$ 130 mil de multa o dono do estabelecimento. O pescado apreendido hoje vai ser doado a instituições de caridade de Juazeiro.

Fonte:Blog do Carlos Britto

Clipe Basilisk Mergulhar


Editado por Alex Jordan retirado do site http://www.youtube.com/profile?user=embsa#p/u/43/OcMapFrO8Bc

Merendas


Fonte: Editado por Alex Jordan retitado do site http://www.youtube.com/watch?v=NPxrv5B9y5c&feature=channel

Microrganismos marinhos são mapeados

Microrganismos marinhos são mapeados

Pesquisas publicadas na Science mostram distribuição de fitoplâncton pelo planeta e destacam importância na fixação de nitrogênio e o sequestro de carbono (divulgação)



Agência FAPESP – Microrganismos são os maiores produtores primários (que realizam fotossíntese) nos oceanos do planeta e suas atividades biológicas influenciam enormemente os processos químicos terrestres.

Dois estudos independentes, ambos publicados na edição desta sexta-feira (26/2) da revista Science, ajudam a entender como as plantas microscópicas contidas no plâncton marinho estão distribuídas pelo mundo e como elas contribuem para um processo fundamental, a fixação do nitrogênio nos oceanos.

Em um dos artigos, Andrew Barton e colegas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, investigaram como a abundância de microrganismos nos oceanos muda conforme a latitude.

Os pesquisadores montaram um modelo da circulação marinha global para estimar a dinâmica das populações de fitoplâncton. O grupo verificou que, assim como ocorre na maioria das maiores criaturas terrestres, os microrganismos marinhos têm mais espécies representadas nas regiões tropicais do que próximo aos polos.

O modelo desenvolvido no MIT ressalta os padrões dessa distribuição, indicando que a maior parte de espécies de fitoplâncton se encontra em zonas de latitudes médias. Por outro lado, menos espécies, mas mais indivíduos, residem em latitudes mais altas.

O novo modelo também indicou hotspots (áreas mais importantes) de diversidade associados com áreas nas quais há correntes mais fortes, o que poderá ser explorado por futuros levantamentos metagenômicos, feitos a partir da análise genômica da comunidade de microrganismos em determinada região.

No outro artigo publicado na Science, Pia Moisander, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, e colegas de outras instituições norte-americanas esclarecem como os microrganismos no Oceano Pacífico fixam coletivamente o nitrogênio – onde a fixação de nitrogênio é alta ocorre o sequestro de carbono.

Em adição ao conhecido fixador marinho, a cianobactéria Trichodesmium (que transforma nitrogênio em amônia), o grupo de Moisander identificou dois outros grupos importantes de cianobactérias que atuam no processo nos oceanos, a UCYN-A e a Crocosphaera watsonii.

Os pesquisadores descreveram esses organismos em termos de onde são encontrados em relação ao Trichodesmium em uma área de 8 mil quilômetros no Pacífico Sul.

Segundo eles, os novos dados poderão ser incluídos em novos modelos de estudo de modo a estimar com mais exatidão as taxas globais de fixação de nitrogênio oceânico e, por consequência, do sequestro de carbono.

Os artigos Patterns of diversity in marine phytoplankton (DOI: 10.1126/science.1184961) , de Andrew Barton e outros, e Unicellular cyanobacterial distributions broaden the oceanic N2 fixation domain (DOI: 10.1126/science.1185468), de Pia Moisander e outros, podem ser lidos por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Fonte: Agência FAPESP

http://www.agencia.fapesp.br/materia/11817/divulgacao-cientifica/microrganismos-marinhos-sao-mapeados.htm

Observar a natureza

Observar a natureza

Robert Verpoorte, da Universidade de Leiden (Holanda), afirma em workshop do Biota-FAPESP que será preciso adotar paradigma de biologia de sistemas para reverter estagnação na descoberta de novos fármacos (foto: Eduardo Cesar)

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – O número de descobertas de fármacos vem caindo dramaticamente nos últimos anos. Para Robert Verpoorte, professor do Instituto de Biologia da Universidade de Leiden, Holanda, essa tendência só poderá ser revertida com uma completa mudança nas abordagens utilizadas para descobrir novas drogas.

Verpoorte participou, nesta quinta-feira (25/2), do Workshop Internacional Biota-FAPESP sobre Metabolômica no Contexto da Biologia de Sistemas, realizado na sede da FAPESP, em São Paulo. O evento tem o objetivo de reunir uma massa crítica de pesquisadores paulistas com pesquisadores de outros países na área de química de produtos naturais, a fim de incentivar a pesquisa colaborativa multidisciplinar.

"Essa colaboração poderá permitir que, finalmente, a vasta biodiversidade brasileira seja aproveitada para a busca de novos produtos naturais biologicamente ativos", disse uma das coordenadoras do evento, Vanderlan Bolzani, professora do Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e membro da coordenação do Biota-FAPESP.

Segundo Verpoorte, além dos altos custos envolvidos, o principal fator responsável pela diminuição das descobertas é a abordagem reducionista, paradigma utilizado atualmente para o desenvolvimento de fármacos, fundamentado na busca de um único composto para cada alvo.

“Para reverter o quadro atual, seria preciso associar a utilização das mais modernas técnicas – incluindo a metabolômica, utilizada para a identificação e quantificação de todos os metabólitos em um organismo – com um resgate da abordagem baseada na biologia de sistemas, que era utilizada na medicina tradicional, por exemplo”, disse à Agência FAPESP.

A abordagem reducionista, segundo Verpoorte, tem foco no mecanismo de ação molecular, mas não considera todo o sistema em que essa ação está inserida. Já que os processos naturais em geral e muitas doenças – como o câncer, por exemplo – têm causas e respostas multifatoriais, é importante que a abordagem para a busca de novos medicamentos também seja sistêmica, isto é, que considere múltiplos fatores.

O curare – composto com ação paralisante intensa utilizado há milhares de anos por populações indígenas – é um exemplo de droga desenvolvida com base na biologia de sistemas. Segundo Verpoorte, a partir de um universo de 50 mil plantas, os índios conseguiram fazer a triagem de duas espécies que contêm produtos altamente tóxicos quando injetados, mas que são inofensivos quando ingeridos oralmente.

“Os índios foram capazes de desenvolver o curare porque sabiam observar a natureza e aprender com ela. A abordagem reducionista tenta explicar as observações como parte de uma hipótese de partida. Precisamos de uma abordagem que tenha foco na descrição das observações em si mesmas e não nos modelos”, afirmou.

Menos hipóteses e mais observação

De acordo com Verpoorte, cerca de metade de todas novas drogas são derivadas de produtos naturais. Mas o número total de descobertas tem caído demasiadamente. “As triagens são feitas em grande escalas, chegando a até 100 mil amostras por dia, utilizando alvos conhecidos. Mas não estamos desenvolvendo novos modelos de ação. Precisamos repensar o modelo de desenvolvimento de fármacos”, apontou.

Nas abordagens atuais, segundo Verpoorte, as hipóteses são estabelecidas para explicar as observações e frequentemente se tornam dogmas. “A observação é que precisa ser a base da ciência. Hoje temos ferramentas que possibilitam uma capacidade de observação imensa. Mas é preciso que essa informação seja armazenada em um formato padronizado para que se possa sempre recorrer a ela.”

A biologia de sistemas, segundo explicou, é uma abordagem baseada na observação e não nas hipóteses, o que abre as perspectivas para descobertas, com uso de análises multivariadas voltadas para revelar diferenças e correlações.

“Essa abordagem holística requer a observação dos organismos sob diferentes condições, a partir da consideração de todos os parâmetros possíveis, como o metaboloma, o proteoma, o transcriptoma e os dados fisiológicos. Temos que usar essas ferramentas científicas como extensões de nossos sentidos”, disse.

Para que a abordagem de biologia de sistemas associada às novas tecnologias impulsione a descoberta de novos fármacos, o armazenamento e a padronização de dados é um fator chave.

“A padronização e a validação são imprescindíveis para que a metabolômica obtenha resultados que possam ser reproduzidos e que, ao longo dos anos, sejam usados para mineração de dados. Mas ainda não temos uma base de dados de metabolômica de plantas em larga escala. Obter essa base de dados será algo muito difícil, principalmente por causa dos problemas de reprodutibilidade”, afirmou Verpoorte.

A construção de uma futura biblioteca de metabolomas de organismos coletados viabilizará a mineração de dados a partir de uma base que não tem o viés imposto pela abordagem reducionista, segundo o cientista holandês.

“Para conseguir isso, a ideia central é a colaboração. Precisaremos trabalhar juntos para unificar, padronizar, validar, combinar, armazenar e trocar resultados para uso de longo prazo no futuro. Construindo uma base de dados imparcial conseguiremos sair da estagnação na descoberta de novos fármacos”, disse.
Fonte:Agência FAPESP- http://www.agencia.fapesp.br/materia/11815/especiais/observar-a-natureza.htm