Flores de cactus resplandecentes, Espelhantes, encarnadas! Rubras gargalhadas De cortesãs… Embriagam-se de sol, Pelas doiradas manhãs, Viçosas e ardentes!
Bela flor imprudente! Brilha melhor o sol rutilante Nas suas pétalas vermelhas… É sugestivo O ar insolente E petulante, Como se deixam morder Pelas doiradas abelhas!
Nascem para ser beijadas E possuídas Pelo sol abrasador… Lascivas, Predestinadas Para os mistérios do amor!
Eu gosto desta flor pagã E sensual, Que num místico ritual Se entrega toda aberta Aos beijos fulvos do sol!
Oh! Flor do cactus enrubescida! No teu vermelho, há sangue, há vida… - E eu tenho uma enorme sede de viver!
Flores de Cactus
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Flores de cactus resplandecentes,
Espelhantes, encarnadas!
Rubras gargalhadas
De cortesãs…
Embriagam-se de sol,
Pelas doiradas manhãs,
Viçosas e ardentes!
Bela flor imprudente!
Brilha melhor o sol rutilante
Nas suas pétalas vermelhas…
É sugestivo
O ar insolente
E petulante,
Como se deixam morder
Pelas doiradas abelhas!
Nascem para ser beijadas
E possuídas
Pelo sol abrasador…
Lascivas,
Predestinadas
Para os mistérios do amor!
Eu gosto desta flor pagã
E sensual,
Que num místico ritual
Se entrega toda aberta
Aos beijos fulvos do sol!
Oh! Flor do cactus enrubescida!
No teu vermelho, há sangue, há vida…
- E eu tenho uma enorme sede de viver!
JUDITH TEIXEIRA