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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mosca Negra: Governo amplia ações para erradicar a praga

O Governo do Estado redobrou a atenção contra a mosca negra dos citros. A Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), dentro do calendário de ações de controle biológico da praga, vai realizar dias de campo para conscientização de combate nos municípios que tiveram fruteiras infectadas. Serão destinados a agricultores, lideranças políticas, secretários municipais de agricultura e prefeitos. As primeiras reuniões já agendadas acontecem no próximo dia 22, no município de Matinhas; no dia 24, em Lagoa Seca; e, no dia 26, no município de Esperança.

Segundo o secretário do Desenvolvimento Agropecuário, Ruy Bezerra Cavalcante Júnior, o Governo do Estado está adotando várias medidas e ações para proteger as áreas de produção e combater a praga. A Sedap, através da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater), está disponibilizando 36 engenheiros agrônomos do seu quadro técnico para atuar no combate à mosca negra dos citros nos 15 municípios atingidos pela praga.

Os agronômos participaram do 1º Curso de Certificação Fitossanitária de Origem e a Certificação Fitossanitária de Origem Consolidado (CFO/CFOC) – Pragas Quarentenárias da Citricultura, realizado Sedap, esta semana, em Lagoa Seca.

Com o curso, os engenheiros estão habilitados a obter a Certificação Fitossanitária de Origem (CFO/CFOC) de vegetais hospedeiros da Praga Quarentenária A2: Aleurocanthus woglumi (mosca negra dos citros), além de prescrever receituários agronômicos para a aplicação de defensivos.

O secretário Ruy Bezerra alertou que para o transporte é obrigatório a emissão da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), fundamentada no CFO/CFOC, com declaração adicional que a carga está livre da mosca negra dos citros, sob a responsabilidade de um engenheiro agrônomo habilitado pela Defesa Vegetal. Ele lembrou que, ao suspeitar de ataque da mosca negra dos citros, o agricultor deverá se comunicar urgentemente com a Sedap, pelos telefones (83) 3214-5492 ou (83) 3214-5498; ou através da Superintendência Federal da Agricultura (SFA/PB), pelo telefone (83) 3216-6300.

Histórico

A mosca negra teve origem nos países asiáticos e, aos poucos, foi se espalhando pelo Mundo. No Brasil, foi encontrada em julho de 2001, na região metropolitana de Belém, no Estado do Pará. Hoje se encontra nos Estados do Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Tocantins, São Paulo e Goiás.

Ela age sugando as folhas das plantas, extraindo grande quantidade de seiva. Excreta uma substância açucarada na qual se desenvolve um fungo chamado de Fumagina. O fungo reduz a respiração e fotossíntese da planta que gera a redução dos frutos. A disseminação da praga é rápida e ocorre principalmente por meio de folhas infestadas, carregadas pelos ventos, chuvas e seres humanos.

O inseto pode ser encontrado durante todo o ano, entretanto a sua reprodução é baixa nos meses mais frios. Os ovos são depositados em espiral sobre as folhas, em grupos de 35 a 50. A eclosão se dá em 4 a 12 dias, dependendo do clima. As fêmeas podem gerar 100 ovos durante a vida. O controle biológico é um dos meios mais eficientes no combate da mosca negra. Os parasitóides Prospaltella spp. e Amitus hesperidum têm controlado eficientemente à praga.

Editoração: Roberto dos Santos

Fonte:Governo do Estado da Paraiba


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