Lagarta Helicoverpa Armigera não existia no Brasil |Foto: Divulgação
A destruição das plantações de algodão e soja registrada em nove municípios do oeste baiano e em mais quatro estados brasileiros pode ser resultado de bioterrorismo, afirmou o secretário estadual da Agricultura e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura, Eduardo Salles. As plantações estão sendo devastadas pela lagarta Helicoverpa Armigera, praga que tem causado grandes prejuízos a produtores no estado. A infestação, nunca registrada em solo brasileiro, já causou prejuízos superiores a R$ 1 bilhão e compromete 228 mil hectares de algodão somente na Bahia. A suspeita de um possível ataque bioterrorista é investigada pela Polícia Federal (PF) e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em uma reunião em Barreiras, nesta sexta (10), entre produtores, secretários de Agricultura, Meio Ambiente e Saúde dos municípios afetados, além de promotores do Ministério Público Estadual (MP-BA) e do Trabalho (MPT), ações e regras foram definidas para a aplicação do produto agroquímico Benzoato de Amamectina no combate à lagarta. Segundo Salles, o produto, importado, já está em solo brasileiro e chegará ao município de Luís Eduardo Magalhães até quarta (15), onde ficará armazenado e autorizado o uso sob o monitoramento da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Os promotores dos Ministérios Públicos aguardam ainda as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para dar sequência ao processo de aplicação. “Estima-se que com a utilização deste produto específico para a Helicoverpa aconteça redução populacional para assim podermos agir no manejo da lavoura”, afirmou Salles.