Quem anda pelo mato com certeza já entrou em contato com essa praga chamada carrapato que gruda na gente e suga o sangue deixando um rastro de coceira de enlouquecer. Junto com os mosquitos e as moscas, os carrapatos estão entre as espécies que a maioria dos humanos considera dispensável no planeta Terra, certo? Pois há quem discorde: no Instituto Butantan um grupo de pesquisas achou utilidade para substâncias encontradas na saliva dos carrapatos-estrela – aquele mesmo, transmissor da febre maculosa.
Veja a foto, cedida pelo Butantan, mostrando como é retirada a saliva dos carrapatos (Eca!)
Foto: Daniela Oliveira/Instituto Butantan
Pergunte a qualquer profissional ou aventureiro com a missão de andar pelo mato: tem coisa mais impertinente do que carrapato? Eles vão subindo pelo corpo sem pedir licença; instalam-se nas partes mais indevidas; cravam as mandíbulas na pele para sugar nosso sangue; causam coceiras de enlouquecer e, vez por outra, ainda transmitem doenças graves. Por essas e por outras, os carrapatos costumam estar entre as espécies que mesmo alguns conservacionistas gostariam de ver extintas, ao lado de borrachudos, mosquitos, moscas, baratas e companhia.
Acontece que até as pragas têm função na natureza. Muitos insetos e aracnídeos atormentadores estão na base da cadeia alimentar e, sem eles, não haveria equilíbrio. Mas o carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) vai mais além, e começa a interessar em estudos médicos e farmacológicos. Em uma pesquisa da equipe do Instituto Butantan, coordenada por Ana Marisa Chudzinski Tavassi, foram isoladas substâncias anticoagulantes da saliva do bichinho. Como qualquer sugador de sangue, o carrapato precisa impedir a coagulação de modo a manter o fluxo de seu alimentar, portanto produz substâncias anticoagulantes. E algumas dessas substâncias do carrapato-estrela são novas para a Ciência.
Fonte:Portal do meio ambiente
Leia o texto original na íntegra em :http://www.portaldomeioambiente.org.br/pma/Ciencia-Tecnologia/e-carrapato-la-tem-serventia.html
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